Olá caros leitores, tudo bem com vocês?
Dispensando qualquer apresentação, o escritor britânico John Ronald Ruel Tolkien (1892-1973) foi um exímio contador de estórias fantásticas, criando um universo mitológico imensamente rico em detalhes, influenciando por culturas e mitologias antigas de várias partes do mundo, evidenciado em suas obras mais conhecidas como O Senhor dos Anéis e O Hobbit, ganham emocionantes adaptações cinematográficas a partir de 2001, dirigidas por Peter Jackson, fazendo que Tolkien torna-se ainda mais popular, conquistando uma verdadeira legião de fãs no mundo todo.
Publicado postumamente em 1976, Cartas ao Papai Noel é um livro natalino escrito por Tolkien e editado por Baillie Tolkien (nora) e Christopher Tolkien (filho), sendo baseado na brincadeira feita pelo autor e seus filhos faziam todos anos na época de Natal: enviar cartas ao Papai Noel, pedindo presentes, contando o que estava acontecendo em casa, em resposta o próprio Tolkien era o bom velhinho, simulando ser uma pessoa idosa, ilustrando com imagens lindas, onde Papai Noel contava suas aventuras seja no Polo Norte com outros seres mágicos (elfos, duendes, ursos, renas, bonecos-de-neve e muitos outros) ou durante a entrega dos presentes, apresentando um panorama bem divertido e interessante da mitologia típica do período natalino.
Publicado recentemente no Brasil, Cartas ao Papai Noel foi escrito entre as décadas de 20 e 40, quando seus filhos John, Michael, Christopher e Priscilla eram crianças, mostrando os sonhos de cada um, além de transformar essas trocas de correspondências entre elas e o Papai Noel (Tolkien), um motivo para unir a família através da imaginação, do afeto e do amor, características muito fortes em praticamente todas as obras escritas por Tolkien.
Fugindo de enredos cheios de ação e de momentos épicos, esse livro usa de uma linguagem bem humorada, singela e próxima das crianças, descrevendo acontecimentos fantásticos no Polo Norte com muita naturalidade, fazendo que o Papai Noel e os seres descritos nas cartas fossem reais, tornando a leitura delas um verdadeiro exercício de imaginação e também de diversão. O bom velhinho é retratado como uma figura idosa, sábia, sincera, muito engraçada e atrapalhada, que faz o possível para todas as crianças receberem os presentes por elas desejados.
Com intenção de ficar ainda mais realista suas estórias, Tolkien ilustrava essas cartas com lindas pinturas, retratando o universo mitológico do Papai Noel, além de usar seu indefectível conhecimento em escritas antigas, tornando a forma de escrever do personagem como fosse realmente de uma pessoa idosa, cheio de expressões tocantes e muito afetuosa, tornando o livro uma leitura muito leve e bastante empolgante, sendo possível ele inteiro em poucas horas.
Além de ser um verdeiro desfile de mitos, Cartas ao Papai Noel é uma obra com uma forte mensagem natalina, onde o importante não é somente ganhar o presente desejado, mas sim despertar o senso de imaginação através da leitura ou da contação de estórias, de bondade, a união entre a família e principalmente, o amor ao próximo, preceitos bastante aceitos durante as festividades do Natal, tornando a leitura desse livro recomenda durante essa época.
Grande abraço, BOA LEITURA, até a próxima.
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