quarta-feira, 4 de julho de 2018

CINE HISTÓRIA/ CULTURA POP: DJANGO LIVRE (2013)




FICHA TÉCNICA

Título Original Django Unchained 
Duração: 165 min.
Ano: 2013
Diretor: Quentin Tarantino
País:  Estados Unidos
Idiomas disponíveis e legendas: Inglês e Português
Gênero: Faroeste/ Ação/ Aventura/ Épico/ Drama Histórico 
Temática: Escravidão nos Estados Unidos/ Luta pela Liberdade 

SINOPSE (Fonte: Cineplayers)

Django é um escravo negro liberto que, sob a tutela de um caçador de recompensas alemão, torna-se um mercenário e parte para encontrar e libertar a sua esposa das garras de Monsieur Calvin Candie, charmoso e inescrupuloso proprietário da Candyland, casa no Mississippi onde escravas são negociadas como objetos sexuais e escravos são colocados pra lutar entre si. 

COMENTÁRIO

 Novo filme dirigido por Quentin Tarantino, Django Livre é uma grande homenagem aos filmes clássicos de faroeste, especialmente do diretor italiano Sérgio Leone. O título do filme é inspirado em Django, dirigido por Sergio Corbucci em 1966, sendo estrelado por Franco Nero(que faz uma pequena participação no filme de Tarantino). Ganhou dois estatuetas no Oscar em 2013, Melhor Roteiro Original e Melhor Ator Coadjuvante (Christoph Waltz)
 Apesar de usar trechos da trilha sonora do filme original, feita por Luis Enrique Bacalov, Tarantino não realiza um remake de Django, ele cria uma trama totalmente diferente, usando inúmeras referências de filmes e seriados, misturando com elementos contemporâneos (música, literatura, cultura pop), como já é de costume em toda sua obra cinematográfica.
 Ambientado no Velho Oeste, pouco antes de estourar a Guerra Civil Americana (1861-1865), Django Livre apresenta em ritmo acelerado, os horrores da escravidão, a qual une um escravo liberto e um caçador de recompensas, em busca de vingança contra aqueles que apoiam o sistema escravagistas. Mas vale salientar que o enredo do filme não é baseado em acontecimentos verídicos.
 Assim como fez em Bastardos Inglórios (2009), Tarantino dá sua visão a acontecimentos da História, sempre com refinado bom humor, doses cavalares de ação sanguinolenta, cultura pop (usando inclusive hip hop na trilha sonora) e melodrama, tornando o filme muito interessante e divertido, fazendo que as quase três horas de duração passem voando.
 Mesmo sendo uma trama meramente fictícia, Django Livre mostra de forma caricata a escravidão nos Estados Unidos, vindo de encontro com fontes historiográficas, revelando ironicamente os preconceitos e crueldades cometidos pelos senhores de escravos, e também a luta de um homem, capaz de enfrentar um verdadeiro exército de bandidos para salvar sua amada, mostrando a universalidade desse filme, comprovando que o cinema além de divertir, pode ter sentimentos humanos e mostrar uma visão totalmente diferente do que a História oficial mostra, uma lição de cinema dada por Quentin Tarantino.




Um grande abraço, até a próximo, BOA SESSÃO.

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