Olá caros leitores, tudo bem com vocês?
Dispensando qualquer apresentação, o poeta e romancista francês Victor Hugo (1802-1886) foi um dos maiores expoentes do romantismo, sempre defensor da liberdade e participando ativamente dos acontecimentos políticos, históricos e culturais de sua época, escrevendo livros clássicos como Os Miseráveis, Os Trabalhadores do Mar, O Último Dia de Um Condenado à Morte e muitas outras que fizeram-o ter fama mundial.
Publicado originalmente em 1831, O Corcunda de Notre Dame é uma das obra-primas de Victor Hugo, a qual foi adaptada uma infinidade de vezes para o cinema, televisão e para outros estilos literários (gibis, literatura de cordel e muitos outros), mas sempre mantendo sua mensagem de liberdade, a qual mantendo o livro muito atual nos dias de hoje.
Ambientado em Paris no fim da Idade Média, o livro apresenta a comovente estória de Quasímodo, um jovem que sofre de uma horrenda deficiência que o deixou deformado, mora dentro da catedral gótica de Notre Dame, vivendo sobre tutela de uma autoridade religiosa extremamente rígida, apaixona-se por uma jovem cigana chamada Esmeralda, que acabem vivenciando juntos com outras pessoas menos favorecidas da cidade, os efeitos cruéis da uma justiça arbitrária e do preconceito.
Com um enredo bastante comovente que mistura um intenso drama, comédia, doses de aventura e de dados historiográficos, Corcunda de Notre Dame nos apresenta as desigualdades sociais do período medieval, de um lado, o clero e a nobreza detêm o poder, usando de forma violenta e autoritária, de outro lado o povo, marginalizados, empobrecidos e fadados a sofrerem todo tipo de injustiças e preconceitos, apegando se na superstição, ignorância e na violência.
Mesmo sendo um verdadeiro relato histórico, essa obra tem certos anacronismos, como entre a revolta popular apresentada nas últimas páginas com as lutas promovidas pelos movimentos sociais ocorridas no século XIX (também nos dias de hoje), ou melhor dizendo, a obra mostra também de forma muito clara o pensamento político defendido por Victor Hugo, além de ser uma defesa apaixonada pelo patrimônio arquitetônico, histórico e cultural da cidade de Paris assim como em todas as grandes cidades da Europa, sendo um dos primeiros escritores a defender abertamente essa idéia em um romance histórico, tornando em um verdadeiro clássico da literatura universal.
Lançado pela editora Principis em 2021, com tradução e desenhos de Lillo Parra, Samuel Bono e Marcelo Pitel, essa versão em quadrinhos é uma adaptação fiel do clássico escrito por Victor Hugo, retratando os principais aspectos da obra original.
Grande abraço, BOM FIM DE SEMANA, até a próxima!!!!!!
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