terça-feira, 24 de setembro de 2013

LONGO CAMINHO


A vida é curta para ficar de braços cruzados,
Temos um longo caminho a seguir rumo a felicidade,
Nada de ficar olhando para trás,
Quer mudanças? Comece por você mesmo,
Esperar somente o necessário,
Consiga aliados, sempre é bom termos ajuda,
Mas o primeiro passo é você quem deve dar,
Pois somente você pode mudar sua própria História.

Autor: Andrio Cardoso Pereira

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

A MÚSICA E A HISTÓRIA; ADMIRÁVEL GADO NOVO- ZÉ RAMALHO



 Olá caros leitores, tudo bem com vocês?
 Zé Ramalho é um dos cantores mais prestigiados da MPB, começou a sua carreira em meados dos anos 70, sempre fazendo sucesso, tanto pela sua voz poderosa como pelas suas canções, que misturam temas político-sociais, cultura nordestina, mitologia, quadrinhos, psicodelia e misticismo com a musicalidade dos ritmos nordestinos, Rock'N'Roll, Blues e Folk Music.
 Escrita em 1979 e fazendo parte do álbum A Peleja do Diabo com o Dono do Céu, a canção Admirável Gado Novo é uma das mais conhecidas de Zé Ramalho, virando inclusive hino popular, sendo inclusive censurada pelo regime militar, devido ao conteúdo político da letra. Em 1996, a música voltou a fazer um tremendo sucesso, por fazer parte da trilha sonora da novela O Rei do Gado, a qual era tema de personagens ligados ao MST (Movimento dos Sem-Terra), tornando-a ainda mais politizada.
 Fazendo uma alusão as ideias contidas no livro Admirável Mundo Novo, escrito por Aldous Huxley, Zé Ramalho nessa canção faz uma poderosa crítica ao governo militar, que deu as costas para o povo do campo, transformando-os em sem-terras, a margem da sociedade, a mercê da ignorância, alienação violência e principalmente de acabar passando o resto da vida de uma prisão psicologia ou real.
Abaixo confiram o clipe original. um grande abraço, BOA SEMANA, até a próxima.

  

domingo, 22 de setembro de 2013

INFORMATIVO: 6ª MARFEST, BALNEÁRIO GAIVOTA


Olá caros leitores, tudo bem com vocês?

 Aconteceu em Balneário Gaivota entre os dias 19 e 22 de setembro, a sexta edição da Marfest, evento organizado pela prefeitura e secretária de turismo, esporte e cultura daquele munícipio, agitando o fim de semana da região, mesmo com a chuva forte e insistente, foi um grandioso sucesso.
 Como o nome já diz, a festa é uma grande homenagem ao mar, aos que vivem da pesca, das atividades esportivas marítimas, mas também ao agricultor que gera renda ao munícipio de Balneário Gaivota, levando seus produtos a diversas regiões do Brasil.
  Dentro das festividades da Marfest, houveram diversas atrações, como práticas de esportes (skate, surf), premiação do campeonato municipal de futebol, homenagem ao dia 20 de setembro, espetáculos de dança, exposições de setores importantes para Balneário Gaivota, uma grandiosa praça de alimentação, e é claro, grandes shows musicais, como os das bandas Dazaranha, Velhos Batutas e Nenhum de Nós, sendo essas duas últimas que fizeram o encerramento da festa com chave de ouro. Devido ao mau tempo, não aconteceu o festival de Paramotor, será marcada uma nova data para o evento.
 Quero parabenizar a toda comissão organizadora do evento, a festa estava realmente muito organizada, muito bonita e de extremo bom gosto, esperamos que ela fique cada vez maior e melhor, com toda certeza ficará para a História de Balneário Gaivota. Que venha a 7ª Marfest. 

Um grande abraço, BOA SEMANA, tudo de bom, até a pr´xoima.
  
  

terça-feira, 17 de setembro de 2013

SRS ESPECIAL: HOMENAGEM QUE RECEBI NA CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES (09/09/2013)


Olá caros leitores, tudo bem com vocês?

 Segunda feira passada (09/09/2013), na sessão da Câmara Municipal de Vereadores de Santa Rosa do Sul, tive a grande honra de receber uma homenagem do vereador Agenor Francisco Carvalho e dos outros vereadores, em relação a publicação de um artigo sobre Santa Rosa do Sul escrito por mim e publicado no site do Diário Catarinense, dentro do projeto Viver SC. 


 O artigo foi lido na integra, logo após o vereador Agenor parabenizou o meu trabalho,incentivando que eu continue escrevendo artigos sobre a cultura e História Santa Rosa do Sul, e contou sobre o meu desejo de trabalhar na biblioteca pública municipal.
 Receber uma homenagem como essa é gratificante demais, ainda mais publicamente, onde muitas pessoas estavam presentes ou assistindo a sessão pela internet. São coisas assim que fazem valer a pena meu esforço em divulgar e participar da cultura de Santa Rosa do Sul.
 Quero agradecer a todos os vereadores pelo carinho e pela homenagem, em especial ao vereador Agenor, a todas as pessoas que assistiram a sessão ou que mandaram mensagens de apoio pessoalmente ou na internet. Também não poderia deixar de agradecer a jornalista Kiara Domit pelo convite, e também ao Robson, que leu o artigo e mostrou ao vereador, que acabou resultando nessa homenagem especial.

OBRIGADO A TODOS PELO APOIO.

Um grande abraço, até a próxima.
  

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

A MÚSICA E A HISTÓRIA: THE TROOPER- IRON MAIDEN


Olá caros leitores, tudo bem com vocês?

Uma das bandas mais carismáticas do mundo do Rock, o Iron Maiden surgiu no começo da década de 80, na Inglaterra, sempre teve características de instrumental bem elaborado, vocal super afinado e letras inteligentes, criando uma verdadeira legião de fãs, lotando estádios e casas de shows pelo mundo inteiro em suas super turnês. 
 Sendo o vocalista Bruce Dickinson professor de História, a banda sempre teve preferência por fazer letras de cunho épico, mitológico e histórico, sendo a sua marca registrada, além de recriar o ambiente das letras tantos nos shows como nos clipes. Essas características ajudaram a banda consolidar o Heavy Metal, sempre influenciaram incontatáveis bandas desse gênero.
 The Trooper é uma canção lançada em 1983 no álbum Piece of Mind, foi baseada no livro A Carga da Brigada Ligeira, escrito por Lord Alfred Tennyson, sem dúvida um dos maiores sucessos do Iron Maiden.  O tema da música é a Guerra da Crimeia (1853-1856), conflito travado entre a Inglaterra e a Rússia, para conquistar maior influência na região dos Bálcãs. O interessante no clipe dessa música foram colocados cenas do filme A Carga da Brigada Ligeira, dirigido por Michael Curtiz em 1936, (adaptação cinematográfica do livro escrito por Lord Alfred Tennyson) , que foi a maior influência para o Maiden escrever essa música, e também o ritmo da música, que lembra um tropel de cavalaria. Abaixo confiram o clipe original com tradução:


  
Um grande abraço, BOA SEMANA, tudo de bom, até a próxima.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

SEMPRE AMOR


Sempre  amor e paz a todos,
Por toda parte,
Simples e sincero.


Autor: Andrio Cardoso Pereira



segunda-feira, 9 de setembro de 2013

A MÚSICA E A HISTÓRIA: CÁLIX BENTO- MILTON NASCIMENTO


Olá caros leitores, tudo bem com vocês?

 Conhecido por sua voz doce e poderosa, com forte sotaque mineiro, Milton Nascimento é um dos cantores conhecidos  por cantar diversos gêneros musicais e unir elementos de música erudita com a popular, tornando um dos mais versáteis de toda a MPB.
 Lançada em 1976 no álbum Geraes , Cálix Bento foi escritora por Tavinho Moura, baseado no folclore católico de Minas Gerais. A música é muito usada dentro das celebrações de Folia de Reis (em Santa Catarina, Terno de Reis) e também da Bandeira do Divino, falando da origem do cristianismo, símbolos religiosos (cálix bento, hóstia, flor, etc) exaltando a fé na Virgem Maria e principalmente em Jesus Cristo, aquele que veio salvar o mundo do pecado e da destruição.
 O mais interessante dessa versão, é que Milton Nascimento manteve o tom caipiresco da música, tanto no jeito de cantar e na parte instrumental, tornando-a canção folclórica de beleza única. Abaixo confiram um clipe bem bonito dessa canção: 


Um grande abraço, BOA SEMANA, tudo de bom, até a próxima.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

ARTIGO: A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL, FATO QUE CONTRIBUIU PARA A FORMAÇÃO DE NOSSA IDENTIDADE NACIONAL


Olá caros leitores, tudo bem com vocês?

Abaixo segue um artigo na integra escrito por mim em 2009, durante a disciplina de História do Brasil Império, ministrada pelo professor Valdir Luiz Schwengber. O presente artigo vem fazer uma analise sobre o dia 7 de setembro de 1822, considerado pelos historiadores o dia da Independência do Brasil, mostrando como esse fato ganhou importância ao passar do tempo, tornando-se uma das manifestações cívicas mais importantes do calendário brasileiro e também sua influência em nossa identidade nacional. Abaixo tem a bibliografia completa para vocês lerem.

A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL: FATO QUE CONTRIBUIU PARA A FORMAÇÃO DE NOSSA IDENTIDADE NACIONAL

A emancipação do Brasil, muitas vezes interpretada de forma contraditória, de maneira romântica ou patriótica, sem dúvida é um daqueles assuntos históricos que merecem nossa atenção.
 O famoso grito “Independência Ou Morte”, imortalizada em pinturas,  cinema, televisão (algumas vezes mostrado de maneira irônica ou erótica) e nos livros de História mexem profundamente com nosso sentimento patriótico, levando todos brasileiros aquela velha pergunta, será que realmente aquela cena as margens do rio Ipiranga aconteceu?
Nesse sentido, mesmo com os prós e contras, consideramos que a Independência do Brasil teve um papel fundamental para a criação de nossa identidade nacional atual.
Compreendendo que a Independência do Brasil é um fato histórico importante para a criação da identidade patriótica, descreveremos como aconteceu o processo de emancipação, discutindo sobre os famosos desfiles cívicos na Semana da Pátria, comparando o fato verídico com pinturas e filmes querem mostrar, além de relacionar ele com a realidade atual, respondendo a seguinte pergunta: Qual a influência da independência brasileira para a formação de nossa identidade nacional?
Anos após a chegada ao Brasil, a Família Real portuguesa pensava que tinha livrado-se de todos os seus problemas, inclusive de Napoleão Bonaparte, tudo iria ser tranqüilo, bela ilusão. Mesmo com o fim das Guerras Napoleônicas, a Europa  foi novamente agitada, devido às revoluções liberais.
Para piorar a situação de Portugal, em 1820, inicia-se a Revolução Liberal do Porto. Segundo Almeida da Silva (1995, p. 9), “a vitória da revolução liberal foi saudada com entusiasmo pelos brasileiros, e nas províncias logo foram eleitos deputados que iriam representar o Brasil nas Cortes”. A situação da Família Real ficou ainda mais complicada, que já estava preocupada com a onda de Independências na América Espanhola, lideradas por San Martín e Simon Bolívar.
Nesse contexto, em 1821,a Corte de Dom João VI teve que voltar as pressas para Portugal, tentar resolver os problemas relacionados à Revolução do Porto, deixando em seu lugar o príncipe regente, Dom Pedro. A seguir, as Cortes subordinaram todas as províncias brasileiras ao comando direto de Lisboa, fechando órgãos públicos brasileiros, favorecendo somente os comerciantes portugueses, além de fazer pressão para o príncipe regente voltar a Europa. Com essa política, as Cortes pretendiam recolonizar o Brasil, piorando ainda mais a situação daqui.
Esse fato foi decisivo para iniciar uma satisfação popular em relação a Corte portuguesa. Segundo Salles Oliveira (2005, p.11), “em decorrência da Revolução do Porto, evidenciaram-se incompatibilidades entre os interesses dos ‘portugueses’ de ambos os lados do Atlântico, o que teria ensejado o reajustamento das pretensões de grupos políticos enraizados no centro-sul, que se voltaram para a opção separatista tendo à frente D. Pedro”.
Logicamente, deixar Dom Pedro no Brasil foi uma jogada inteligentíssima de Dom João VI, pois assim manteria a monarquia na antiga colônia e, ao mesmo,  viabilizar a continuidade da dinastia de Bragança à frente do governo em uma eventual declaração de independência, a qual o rei tinha certeza, que mais cedo ou mais tarde iria acontecer.
Ao mesmo tempo, muitas revoltas eclodem de norte a sul, dividindo o país em dois partidos, o Partido Português e o Partido Brasileiro, o primeiro defendia logicamente os interesses de Lisboa,o segundo defendia a independência e uma união entre Brasil e Portugal, como nações amigas. Devido às pressões de vários setores, Dom Pedro  optou pela independência. Mesmo assim, as  pressões e decretos das Cortes de Lisboa continuavam ferozes, revoltando a população brasileira cada vez mais.
Vendo que Lisboa exigia incansavelmente o retorno imediato do príncipe regente a Europa, vários setores brasileiros organizaram uma campanha para coletar assinaturas a favor da permanência de Dom Pedro no Brasil, conseguindo 8 mil assinaturas, número expressivo para época, sendo entregue ao príncipe no dia 29 de dezembro de 1821, pelo presidente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, Clemente Pereira.
A resposta de Dom Pedro aconteceu no dia 9 de janeiro de 1822, expressado em sua celebre frase “Como é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto: diga ao povo que fico”. Com esse episódio conhecido como “O Dia Do Fico” , o príncipe regente entrava em rota de colisão com Lisboa, agora a independência seria uma questão de tempo.
Não demorou muito, a reação do Partido Português foi estacionar as tropas portuguesas no Rio de Janeiro, comandadas pelo general Avilez, que exigiam obediência de Dom Pedro às ordens das Cortes. No confronto que se seguiu, Avilez foi vencido e expulso do Brasil com suas tropas.
José Bonifácio, um dos ministros de Dom Pedro, convocou em fevereiro o Conselho dos Procuradores das Províncias do Brasil, no intuito de assessorar o príncipe regente, além é claro estabelecer uma ligação política entre o Rio de Janeiro e as outras províncias, procurando garantir a unidade territorial. 
Em maio, foi decretado que nenhuma ordem das Cortes seria aceita sem o “cumpra-se” do príncipe regente. No mês seguinte, o cenário político foi novamente tumultuado, devido às divergências dos partidários de José Bonifácio e os de Gonçalves Ledo quanto a convocação de uma Assembléia Constituinte, cujo objetivo era elaborar uma Constituição para o Brasil.
Gonçalves Ledo conseguiu mobilizar a opinião pública e a imprensa em defesa da convocação. Novamente pressionado, levou Dom Pedro a aprovar a iniciativa, e a Assembléia foi convocada. Nesse mesmo instante, inicia-se uma onda de revoltas de norte a sul, dando ínicio as chamadas guerras de independência. 
No final de julho, Dom Pedro viajou a província de São Paulo, tentar acalmar uma rebelião contra José Bonifácio. Ao retornar de Santos, próximos da capital paulistas, às margens do riacho do Ipiranga, chegaram  os últimos decretos das Cortes de Lisboa. Como não poderia deixar de ser, eram ordens severas, um delas era que anulasse a convocação do Conselho dos Procuradores.
Na mesma ocasião, também recebeu duas cartas pessoais, uma de seu ministro José Bonifácio e outra de sua esposa, Dona Leopoldina, que aconselhavam dom Pedro a romper definitivamente com Portugal, a alternativa que restava no momento era proclamar a independência.
Nesse contexto, Dom Pedro, irritado com as ordens de Lisboa, decide finalmente proclamar a Independência do Brasil, no dia 7 de setembro de 1822, no mesmo local aonde recebeu as cartas. Segundo a historiografia oficial, as margens do Ipiranga, o príncipe regente levantou sua espada e gritou “Independência Ou Morte”, libertando-nos do domínio de Portugal. No mês de dezembro, D. Pedro foi declarado Imperador.
Após esse fato, a independência se consolidou com relativa rapidez, com apoio econômico e diplomático da Inglaterra, enviando mercenários ingleses a favor de Dom Pedro nas lutas, que duraram até novembro de 1823. Daí nascia à nação que conhecemos como Brasil.
Depois de consolidada, o Brasil buscou reconhecimento de sua independência a outras nações. As primeiras a reconhecerem foram à Argentina, México e Estados Unidos, depois Inglaterra e por último Portugal, no dia 29 de agosto de 1825.
Ao contrário de que muitos historiadores pensam, a independência não teve a repercussão na data que ela ocorreu. Segundo Salles Oliveira (2005, p. 13), “Tampouco o dia 07 de setembro foi interpretado naquela ocasião como divisor de águas do processo histórico em curso”.
Já a situação social tampouco mudou com o 7 de setembro, a escravidão não foi abolida, quem era pobre continuou pobre e as desigualdades sociais proliferavam em todos cantos . Muitos cronistas estrangeiros que viajam pelo Brasil na época relataram com crueza essa realidade. Segundo Saint-Hilaire (1974, p. 94), “o povo nada ganhou absolutamente com a mudança operada. A maioria dos franceses lucrou com a Revolução que suprimiu privilégios e direitos auferidos por uma casta favorecida. Aqui, lei alguma consagrava a desigualdade, todos os abusos eram resultado do interesse e dos caprichos dos poderosos e dos funcionários. Mas são estes homens, que no Brasil, foram os cabeças da revolução”.
Até 1860, a data  07 de setembro não significava nada para o Império, nem o próprio dom Pedro I fazia menção a esse acontecimento em cartas que escreveu ao pai e ao povo paulista, praticamente no mesmo período. Durante o reinado de Dom Pedro II, essa data foi reconhecida, tornando-se feriado nacional, foram realizados desfiles cívicos para comemorar a data e também feitos monumentos no local aonde tudo aconteceu, onde hoje se encontra o Museu do Ipiranga, inaugurado em 1895, quando o Brasil já era um país republicano.
Com a inauguração do museu, o público brasileiro pode ver a famosa tela de Pedro Américo, “Independência Ou Morte”, o qual retratava a famosa cena do Grito da Independência, nas margens do riacho Ipiranga.
Inspirado nos relatos de pessoas que presenciaram o acontecimento, inclusive na crônica de Padre Belchior Pinheiro Ferreira e nos relatos do Tenente Canto e Mello e do Coronel Marcondes, integrantes da comitiva de Dom Pedro na época, criou uma obra, segundo Salles Oliveira (2005, p.59), “de fácil e prazerosa leitura, a narrativa de Pedro Américo instiga a reflexão não só em termos da interpretação sobre a Independência que expôs como em termos das práticas de investigação adotadas para realizara transposição da ‘verdade’ e de situações verossímeis, contidas nos registros escritos e orais que compilou, em imagens capaz de aprisionar o olhar e sensibilidade do espectador”. 
Já em 1972, o diretor Carlos Coimbra realiza um filme épico chamado “Independência Ou Morte”, é uma das produções cinematográficas mais caras feitas no Brasil, perdendo apenas para “Olga”. Com um elenco cheio de astros da televisão como Tarcísio Meira e Glória Menezes, figurino caro e uma maravilhosa mistura de aventura com História forma os ingredientes para ser um sucesso de bilheteria na época. Esse filme tem como fonte de inspiração a historiografia oficial e em telas de grandes artistas brasileiros como Pedro Américo, em especial na cena em que retrata o momento da independência. Mesmo com todo aquele discurso ufanista do regime militar, merece ser assistido e analisado.
O tema emancipação também já foi retratado em diversas novelas e seriados na televisão brasileira, algumas vezes com destaque, outras como pano de fundo. Um dos exemplos mais claros foi a minissérie “O Quinto Dos Infernos”, dirigida por Carlos Lombardi e exibida em 2002 pela Rede Globo. Retratou os bastidores da Independência de maneira cômica, com muita aventura e doses de erotismo, causando muitas polêmicas em vários setores, inclusive aos historiadores, mesmo assim foi um sucesso de audiência na época que foi exibida.
Os desfiles cívicos, muito tradicionais nessa época, ganham destaque na televisão e nos jornais em todo Brasil. Ultimamente, muitas entidades, em especial as da educação, vivem uma crise de identidade patriótica, e muitas das pessoas recusam-se a desfilar, inclusive as crianças e jovens, achando que é “coisa pra velho” ou simplesmente “não é mais tempo de ditadura militar”.
 Ano passado, segundo o artigo escrito por Pereira (2008, p.3), “as escolas tiveram que obrigar os alunos a desfilarem, prometendo aumento de notas ou pontos para ganhar uma gincana, isso é absurdo demais”. A situação descrita aconteceu no município de Santa Rosa do Sul, Santa Catarina.
Mesmo assim, a Independência foi um fato que marcou profundamente, mesmo que seja tardiamente, a formação de nosso país como vemos hoje, ou em outras palavras, nossa identidade nacional.
Controvérsias e ufanismos à parte, a emancipação do Brasil foi um fato importante na história imperial, com a Independência deixamos de ser meramente uma colônia para sermos uma nação. A memória às vezes de nós brasileiros é curta, mas cabe a ela conscientizar nossos alunos a terem amor a pátria e não sejam vítimas de idéias alienantes. Conforme Le Goff (1996, p. 447), “a memória, onde cresce a história, que por sua vez alimenta, procura salvar o passado para servir o presente e o futuro. Devemos trabalhar de forma a que a memória coletiva sirva para a libertação e não para a servidão dos homens”.
Como podemos perceber ao fazer este estudo, o Brasil demorou um pouco para perceber o significado daquele dia 7 de setembro de 1822, e até hoje ainda existem pessoas que não compreendem essa data. Acreditam ser mais um feriado como qualquer outro, aonde acontece festas, desfiles cívicos e se canta hinos em praticamente todas as cidades do país e consideram uma tremenda “perca de tempo” assistir ou participar.
Mas é importante que nós jovens devamos compreender que essa data não é somente um “feriado qualquer”, que serve apenas para descansar e passear, mas para refletirmos sobre nosso país, como ele nasceu e cresceu no decorrer da História, criando um sentimento patriótico.  Sabemos que existem diversas invenções mentirosas embutidas na Independência, mas devemos aproveitar disso para aprendermos muitas coisas, pois verdades e mentiras estão sempre no meio na História da Humanidade.
Aprendemos ao longo dessa pesquisa a valorizar a história nacional, a discutir criticamente o verdadeiro sentido dos fatos, conhecemos um pouco mais sobre o processo de Independência do Brasil, e também aprendemos a amar cada vez mais nosso país, enfim, os objetivos que planejamos desde o início, acabaram sendo satisfatoriamente alcançados.
Gostaríamos de sugerir aos estudantes e pesquisadores que façam mais estudos e pesquisas aprofundadas e interdisciplinares sobre esse assunto. Também, a novas gerações, tão acostumadas com tantas novidades tecnológicas, que aprendam a valorizar a identidade de nosso país e que despertem o gosto pela História do Brasil, pois ela não pertence somente aos grandes imperadores, militares, burgueses, poetas ou sonhadores, mas sim a todas as pessoas que compõem o povo brasileiro, ou seja, nós.

                 REFERÊNCIAS:

SALLES OLIVEIRA, Cecília Helena de . 7 de setembro de 1822: A Independência do Brasil. 1. ed. São Paulo: Editora Lazuli, 2005.

PEREIRA, Andrio Cardoso . A independência do Brasil. Extremo Sul Notícias, Santa Rosa do Sul, n° 32, pg. 3, set. 2008.

INDEPENDÊNCIA OU MORTE. Direção: Carlos Coimbra (dir). Brasil: Vídeo Arte, 1972. 1 filme (108 min.), son., col.   

ALMEIDA DA SILVA, Arlenice. As Guerras da Independencia. 1 ed. São Paulo: Editora Ática, 1995.

GOFF, Jacques. História e memória. 4. ed. São Paulo: Editora da Unicamp, 1996.

SAINT-HILAIRE, Auguste de. Segunda viagem do Rio de Janeiro a Minas Gerais e a São Paulo (1822). Belo Horizonte/São Paulo, Itatiaia/Edusp, 1974.   

Um grande abraço, bom fim de semana, até a próxima.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

FAÇA O BEM E AME AO PRÓXIMO


Evite fazer o mal ao próximo,
Nunca deves achar que é o dono da verdade,
Pensar somente em si e que os outros se danem,
Isso só te levará a ruína e a destruição,
Tem que saber compartilhar com todos,
Aprenda a aproveitar quando for sua hora,
Oportunizar que os outros também  possam se destacar,
Sem vingança ou qualquer outro sentimento ruim,
Pois é algo nesse mundo é bastante certo:
QUEM FAZ O MAL, ACABA SE DANDO MAL ,
Por isso, faça o bem e ame ao próximo.

Autor: Andrio Cardoso Pereira



domingo, 1 de setembro de 2013

RETRÔ: NOVA COLUNA DO BLOG


Olá caros leitores, tudo bem com vocês?

 Com muita alegria, hoje estamos estreando uma nova coluna no Blog do Professor Andrio, RETRÔ, dedicada totalmente a nostalgia, onde iremos relembrar de games, músicas, gibis, filmes, séries, desenhos animados, brinquedos, guloseimas, ou divulgar festas temáticas e programas de rádio, televisão ou internet que são totalmente voltados a exibir conteúdo nostálgico.
 Como todos já sabem, sou um grande admirador da cultura retrô desde muito novo, adoro pesquisar e escrever sobre esse tema. Faz bastante tempo que sentia a vontade de fazer uma coluna no blog totalmente dedicada a coisas antigas, apesar de eu já ter feito algumas postagens relacionadas, agora senti que era a hora certa e iremos começar a partir de hoje, e todos os domingos, terá uma nova postagem esperando, no intuito de fazermos uma verdadeira viagem no tempo.


Espero que tenham gostado, domingo que vem tem mais. UM GRANDE ABRAÇO, UMA BOA SEMANA, ATÉ A PRÓXIMA.