terça-feira, 7 de julho de 2015

CINE HISTÓRIA: A ESPIÃ (2006)



FICHA TÉCNICA

Título Original Zwartboek
Duração: 145 min.
Ano: 2006
Diretor: Paul Verhoeven 
País: Holanda
Idiomas disponíveis e legendas: Alemão e Português
Gênero: Suspense/ Ação/ Guerra/Drama
Temática: Segunda Guerra Mundial

SINOPSE (Fonte: Adoro Cinema)

 2ª Guerra Mundial. Rachel Stein (Carice van Houten) é uma linda cantora judia, que está escondida. Quando o local em que está é destruído por um bombardeio ela e um grupo de judeus decidem atravessar Biesbosch para chegar ao sul da Holanda, que já está livre da ocupação nazista. Entretanto o barco deles é interceptado por uma patrulha alemã, que mata todos a bordo com exceção de Rachel. A partir de então ela se une à resistência, adotando o nome de Ellis de Vries. Notando o interesse de um oficial alemão, ela se aproxima dele e consegue um trabalho. Enquanto isso a resistência elabora um plano para libertar um grupo de prisioneiros, onde a participação de Ellis será fundamental.

COMENTÁRIO


 Filme mais recente do holandês Paul Verhoeven, um dos diretores europeus mais badalados dos anos 80 e 90 em Hollywood, nesse suspense retoma a temática da Segunda Guerra Mundial, o qual já explorou no clássico O Homem de Laranja, trazendo uma trama quente, recheada de erotismo, ação, suspense e um drama comovente, bem ao gosto do diretor, mostrando a resistência holandesa ao nazismo, através do olhar de uma jovem judia.
 Evitando clichês conhecidos desse gênero, A Espiã apresenta uma visão não conhecida do conflito, mostrando o que aconteceu com a Holanda durante e depois da guerra, mostrando os horrores cometidos tanto por nazistas como por tropas aliadas, desavisados, os quais torturam pessoas acusadas de colaborar com o nazismo de forma repugnante e desrespeitosa.
 As cenas de erotismo, como é de se esperar desse diretor, são quentes e muito bem feitas, sem deixar de ser sensível ou apelar para a baixaria, sendo sequencias de tirar o fôlego e de uma beleza formidável. Como não poderia deixar de ser num filme de guerra, há cenas de ação eletrizantes, porém não esperem cenas épicas ou de heroísmo ao estilo Hollywood, e no mais, essa obra centraliza mais no suspense de espionagem do que na pancadaria.
 A Espiã lembra muitos os filmes do cinema noir feitos tanto em Hollywood como na Europa e em Hollywood entre as décadas de 1940 e 1950, que nada mais eram filmes de espionagem ou de suspense, onde algumas vezes contextualizados no período de guerra, sempre com personagens misteriosos ou de personalidade duvidosa e mulheres com uma sensualidade arrebatadora. 
 A atriz Carice van Houten está excelente no papel principal, é um misto de garota assustada com uma mulher sensual, forte e guerreira, não se importando do que tenha fazer para conseguir alcançar sua vingança contra os nazistas, dando uma verdadeira aula de sobrevivência na Segunda Guerra Mundial. A grande mensagem desse filme é que na guerra, por mais absurdos surreais possam acontecer, não há vencedores, todos somos perdedores e saímos destruídos dela, e que a própria guerra é um absurdo criado por falha e ignorância de nós mesmos, e o melhor seria que nem existisse, nem na ficção.


Um grande abraço, BOA SESSÃO, até a próxima.

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