quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

CINE HISTÓRIA: ROGER WATERS THE WALL (2015)



FICHA TÉCNICA

Título Original: Roger Waters The Wall* 
Duração: 132 min.
Ano: 2015
Diretor:  Roger Waters/ Sean Evans 
País:  Inglaterra
Idiomas disponíveis e legendas: Português e Inglês
Gênero: Documentário/ Show Musical
Temática: Bastidores da Música/ Segunda Guerra Mundial/ Nazismo/ Repressão Escolar/ Consumo de Drogas/ Alienação/ Violência/ Guerras Atuais/ Opressão/ Prostituição/ Loucura/ Consumismo/ Temas Polêmicos  

SINOPSE (Fonte: Adoro Cinema)

A turnê Roger Waters The Wall, que rodou o mundo entre os anos de 2010 e 2013, filmada detalhadamente em três cidades. A megaestrutura, que inclui um cenário faraônico que relembra os clássicos dos anos 1970, provoca as mais diversas sensações nos fãs. Paralelamente, o próprio Roger Waters embarca em uma viagem pessoal ao visitar os túmulos do pai e do avô, mortos na Segunda e na Primeira Guerra Mundial, respectivamente.


COMENTÁRIO 

 Dirigido por Roger Waters e Sean Evans, The Wall é um grandioso documentário e espetáculo musical, revitalizando um dos álbuns mais icônicos do Pink Floyd, além de trazer uma nova visão dessa obra, sendo a parte documental bastante sentimental e pessoal, o qual reflete as perdas que Roger Waters teve durante sua vida, sendo uma longa viagem pela Europa mescla com cenas de shows que fez durante a turnê entre 2010 e 2013, executando todas as músicas do álbum em versões totalmente novas.
Usando de todos os recursos digitais e visuais possíveis atualmente tanto no show como no filme, Roger Waters revitaliza sua opera-rock com força total, trazendo as clássicas temáticas de The Wall para os dias de hoje, também aproveitando as  cenas em animação do longa-metragem feitas pelo cartunista Gerard Scarfe, unindo o antigo e o novo, criando um clima de atemporalidade.
  Seguindo também um pouco o famoso espetáculo feito em 1990 por Roger Waters na comemoração a Queda do Muro de Berlim, na Alemanha, é construído e destruído um muro gigantesco, onde imagens são projetadas, também sendo interativo com a platéia. Também é interessante notar a enorme quantidade de efeitos sonoros e efeitos especiais, que encanta a platéia e a leva ao delírio.
   Além de proporcionar ao espectador um show inesquecível e fazer uma homenagem ao maior clássico de sua carreira, mostra em mais de duas horas de espetáculo que The Wall é uma obra pacifista,  o muro na obra de Waters representa tudo aquilo que te cega, aliena, oprimi, como por exemplo a intolerância, as guerras, a violência, as drogas, a diversão vazia, as desigualdades sociais, enfim todos os males que a humanidade viveu e continua vivendo, tornando esse disco tão atual como no fim da década de 70, e talvez continuará por muito tempo, esperamos que não.
  Baseado em suas lembranças mais amargas, Waters escreveu The Wall no intuito de exorcizar seus demônios interiores e também para fazer uma crítica forte as maldades do mundo, sendo elas representadas de forma metafórica pelo muro, derrubar ele será o primeiro caminho para um mundo melhor, libertando também nossa mente de coisas ruins.
  Como é de se esperar de Waters, o show é perfeito musicalmente, sua banda é extremamente competente composta de músicos realmente bons, dá todo o tom novo de canções já bem conhecidas e adoradas pelo público como Hey You, Comfortably Numb e Another Brick In The Wall, as quais o público sabem a letra de cor e salteado e cantam do início ao fim.
  Dividido em dois atos, a opera The Wall Tour faz lindas e emocionantes homenagens as vítimas da violência, da intolerância e da guerra, sendo projetada imagens dessas pessoas no muro, inclusive na hora dos créditos finais do filme, com um fundo musical fúnebre. Entre os homenageado, está o brasileiros Jean Charles de Menezes, que foi assassinado por engano pela polícia de Londres em 2005, a quem Waters dedicou todos os shows dessa turnê. Outro homenageado especial, tendo inclusive várias canções desse disco fazendo referência a essa pessoa, é o pai de Waters, Eric Fletcher Waters, o qual faleceu durante a Batalha de Anzio, Itália, em 1944, durante a Segunda Guerra Mundial. Um filme imperdível para os fãs de Pink Floyd e da incrível obra-prima de Roger Waters.


Grande abraço, BOA SESSÃO, ATÉ A PRÓXIMA!


* Não disponível em download

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