quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

LIVRO: TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA- LIMA BARRETO


Olá caros leitores, tudo bem com vocês?

 Nascido no Rio de Janeiro, o jornalista e escritor Lima Barreto (1881-1922) foi um dos importantes nomes da literatura pré-modernista no Brasil, destacou por ser um grande crítico da política feita durante a Velha República (1889-1930), por ter um estilo de escrever mais caricato e coloquial, por trazer a realidade social das populações menos favorecidos do Brasil em seus livros e por distanciar do estilo literário do Parnasianismo, estilo que estava na moda no fim do século XIX e início do século XX, sendo um escritor pouco compreendido em sua época.
 Publicado primeiramente em formato de folhetim num jornal carioca no ano de 1911, Triste Fim de Policarpo Quaresma é a obra-prima de Lima Barreto, sendo lançado em formato de livro somente em 1915, alcançando assim grande notoriedade em todo o Brasil.
 O enredo do livro narra de forma satírica as desventuras de um funcionário público, o qual tem uma paixão exagerada pelas coisas do Brasil, estudando o folclore, a Historia e a cultura, defendendo de forma ufanista e ensandecida ideias nacionalistas, as quais acabam o colocando em conflito com a sociedade e com os políticos por onde passa.
 Ambientado durante o governo do presidente Floriano Peixoto (1891-1894), o romance satiriza a violenta política da Velha República, as intrigas eleitoreiras do interior e nas grandes cidades do Brasil, o ufanismo exagerado, o academicismo literário, a vida banal da classe média e alta da época, o sofrimento das classes menos favorecidas e a repressão feita pelo Marechal de Ferro a seus inimigos durante a Segunda Revolta da Armada no Rio de Janeiro e da Revolução Federalista no sul (revoltas ocorridas durante seu mandato).
 Sendo um livro tragicômico, Triste Fim de Policarpo Quaresma é leitura obrigatória para aqueles que querem conhecer o Brasil do início do período republicano, que não é diferente dos dias atuais, cheio de desigualdades sociais e preconceitos, podendo o leitor facilmente fazer um anacronismo do enredo com os dias de hoje, fazendo essa obra um grande clássico da literatura brasileira.

Um grande abraço, BOA LEITURA, até a próxima.

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