sábado, 28 de fevereiro de 2015

POEMA: O BOM DA VIDA


O bom da vida é simplesmente,
Estar de bem com você mesmo,
Amar alguém de verdade,
Sentir que é admirado por todos,
Saber que tem gente te apoiando,
Ter uma família especial,
Conquistar as coisas de maneira honesta,
Poder sentir seguro consigo mesmo,
Usar a inteligência para o bem,
Dinheiro, casa boa, carro do ano, bens materiais,
Sim, são ótimos e necessários,
Porém ter amor, saúde, paz e alegria no coração,
Já bastam para sermos realmente felizes.

Autor: Andrio Cardoso Pereira

BOM FIM DE SEMANA, ATÉ A PRÓXIMA



sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

CAMINHO DOS CANYONS ESPECIAL: CULTURA AÇORIANA NA REGIÃO


Olá caros leitores, tudo bem com vocês?

  Em toda extensão to litoral de Santa Catarina, podemos perceber facilmente que a cultura predominante é de origem açoriana, trazida pelas famílias vindas do arquipélago dos Açores, em Portugal, a partir do ano de 1748.
  Vindos de uma região também litorânea, as primeiras levas de açorianos que vieram para o litoral de Santa Catarina tinham a intenção de ajudar na defesa dos territórios conquistados no litoral por Portugal e acabaram colonizando boa parte do sul do Brasil, inclusive a região do extremo sul catarinense, municípios como Sombrio, Santa Rosa do Sul e Araranguá foram no passado colonizados por açorianos ou por descendentes dos mesmos nascidos no Brasil.
  A herança açoriana presente em nossos dias é vasta, ficando complicado enumerar todas de uma vez só, mas fácil de visualizar, basta olharmos ao nosso redor para podermos perceber a presença do povo açoriano em nossa cultura, seja no jeito de falar, costumes ou de fazer.
 Dentre a vasta herança cultural deixada pelos açorianos em nossa região, além do linguajar típico, a forte religiosidade, as lendas, as benzedeiras, a culinária típica, a maneira de pescar, a pecuária e os revolucionários métodos agrícolas utilizados nas plantações, as manifestações do Terno de Reis, Boi de Mamão e Bandeira do Divino são bastante presentes até nos dias de hoje, devido ao belo colorido, religiosidade e alegria, marcas registradas da açorianidade. Vamos conhecer um pouco de cada uma dessas manifestações.
 O Terno de Reis surgiu em Portugal e foi trazido ao Brasil no início de sua colonização pelos imigrantes açorianos e portugueses. Celebrada entre o dia 24 de dezembro ao dia 06 de janeiro (dia de Santos Reis), essa manifestação faz alusão ao nascimento de Jesus e a visita dos reis magos ao presépio em Belém, através de grupos de cantoria, alguns com danças e apresentações teatrais que vão de casa em casa anunciando o Natal.
 Em termos musicais, os instrumentos usados nas cantorias são praticamente os mesmos da música sertaneja: o violão, a viola, a gaita, tambor e o violino (conhecido também por rabeca), podendo variar de um grupo para o outro. Outra característica importante é a presença de um mestre, que é aquele responsável pela folia e pela criação dos versos, depois repetidos pelos foliões (coro), o qual há uma voz especial que dá todo tom acaipirado da cantoria: o típe, que faz o famoso e estridente “ai” no fim dos versos, podendo haver dois ou mais. 
 Oriundo das antigas tradições açorianas, O Boi de Mamão une cantoria, dança, folclore e teatro popular, contando a estória de Mateus e sua esposa Moreninha, que está grávida e sente desejo de comer o boi de estimação da família, então o animal é sacrificado, porém com a ajuda de uma benzedeira, o boi ressuscita, havendo uma grande festa , onde surgem personagens como o cavalinho, a cabra, macaco, ursos, a Maricota, a bernúncia (espécie de dragão) e tantos outros, variando de uma região para outra.
 A Bandeira do Divino é uma tradição comemorada de diversas maneiras, conforme a cultura de cada local. em Santa Catarina, essa tradição é muito presente e viva , inclusive no litoral sul, ocorrendo 50 dias após a Páscoa, em alusão ao dia de Pentecostes, data a qual segundo a tradição bíblica, o Espírito Santo desceu do céu sobre os apóstolos de Cristo, havendo muita cantoria, festejos, fogos e alegria, assemelhando com o Terno de Reis pelo tom acaipirado e ligado a religiosidade.
  Também vale salientar a existência de grupos folclóricos* que valorizam e divulgam a cultura açoriana por toda região como o AçorSul (Sombrio, especializada na cultura açoriana em geral, principalmente nas danças típicas), Família Pacheco (Sombrio, especializado no Boi de Mamão) e Grupo Folclórico do Menino Deus (Araranguá, especializada em cantos folclóricos açorianos, principalmente as cantorias de Terno de Reis e Bandeira do Divino), sempre participando de eventos culturais  e das grandes festas que acontecem em nossa região, ou participando de eventos em outras parte do estado.
 Além dessas manifestações folclóricas, as quais estão muito presentes em nossa região, existente inúmeras festas em homenagem ao açoriano, as quais celebram principalmente sua contribuição na agricultura, seus costumes e cultura, como o Arraialfest (Sombrio), Festa do Peixe (Balneário Arroio do Silva)  Marfest (Balneário Gaivota), Polvilhana (Santa Rosa do Sul) e Primavera Cultural (Araranguá), sem esquecer das festas de origem católica, as Festas do Colono (Maracajá, São João do Sul e Jacinto Machado, essa última conhecida como Banarroz) e dos eventos natalinos (Natal dos Canyons em Praia Grande), os quais sempre lembrando dos aspectos herdados pelos açorianos, além de outras etnias que ajudaram a colonizar nossa região.
  Depois de vermos algumas características culturais do açorianos, podemos perceber facilmente a dimensão gigantesca da herança deixado por eles em nossa região, seja na cultura, forma de ser, jeito de falar e na religiosidade, como já foi dito, sendo bastante complicado descrever todas em poucas linhas, sendo praticamente um desafio a todos os historiadores locais e para os apaixonados por cultura, pois queira ou não, todos temos um pouco da cultura açoriana em nosso DNA.

Grande abraço, BOM FIM DE SEMANA, até a próxima.

* Em outras oportunidades, iremos trabalhar especificamente com cada grupo folclórico de nossa região.

    

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

POEMA: HISTORIADOR



Viver no presente,
Visita e aprende com o passado,
Para construir um futuro melhor,
Pensar em progresso, evolução,
Criar coisas novas, sempre pensando no bem da humanidade,
Ajudar o círculo histórico seguir seu curso natural,
Denunciar os males,
Estar a serviço do povo,
Isso é ser HISTORIADOR.



Autor: Andrio Cardoso Pereira

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

CINE HISTÓRIA: O ARTISTA (2012)


FICHA TÉCNICA

Título Original: The Artist
Duração: 110 min.
Ano: 2012
Diretores:  Michel Hazanavicius 
País:  França
Idiomas disponíveis e legendas: Inglês/ Francês e Português
Gênero: Comédia/ Drama/Musical 
Temática: Fim do Cinema Mudo/ História do Cinema

SINOPSE (Fonte: Adoro Cinema)

Na Hollywood de 1927, o astro do cinema mudo George Valentin (Jean Dujardin) começa a temer se a chegada do cinema falado fará com que ele perca espaço e acabe caindo no esquecimento. Enquanto isso, a bela Peppy Miller (Bérénice Bejo), jovem dançarina por quem ele se sente atraído, recebe uma oportunidade e tanto para trabalhar no segmento. Será o fim de sua carreira e de uma paixão?

COMENTÁRIO


Grande vencedor do Oscar em 2012, O Artista surpreendeu o mundo, não só por ser filmado em preto e branco, mas por não haver diálogos, apenas alguns ruídos, ou seja, trata-se de um filme mudo, mas tudo feito com a mais alta tecnologia disponível atualmente.
  Ambientado na Hollywood do fim dos anos 20, o filme conta a estória de um ator famoso e badalado na era do cinema mudo, que acaba resistindo ao surgimento dos filmes falados, sofrendo rejeição dos estúdios, entrando em desgraça, porém tenta com todas as forças voltar a fazer sucesso.
  Misturando comédia, melodrama e musical, O Artista é um filme belíssimo, divertido e emocionante, um verdadeiro tributo ao cinema clássico, usando de novos e antigos recursos técnicos possíveis, criando uma trama leve e inteligente, a qual não precisou usar de palavras, mas sim do visual para encantar o público, bem como eram os antigos filmes do cinema mudo.



grande abraço, BOA SESSÃO, até a próxima.


terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

LIVRO: O CAPITÃO TORMENTA- EMÍLIO SALGARI


Olá caros leitores, tudo bem com vocês?

 Conhecido como Júlio Verne Italiano, o escritor, jornalista e aventureiro Emílio Salgari desde muito jovem viajou na Marinha Mercantil, percorrendo diversos continentes, as quais inspirando suas aventuras fantásticas. Seu estilo literário é bastante detalhado, evita clichês e respeita as culturas representadas nas estórias, sem nenhum tipo de preconceito, sendo que os heróis de seus livros são geralmente piratas, islâmicos, asiáticos, africanos e muitos outros.
 Publicado pela primeira vez em 1905, O Capitão Tormenta é uma das obras-primas escritas por Salgari, sendo um best-seller na época em que foi lançado em todo o mundo, sendo inclusive traduzido para diversos idiomas, inclusive o português.
 O livro conta a estória de Eleonora, uma jovem duquesa italiana, a qual tem uma enorme habilidade como espadachim e coração bondoso, ajuda os cristãos na luta contra os muçulmanos e mercenários orientais na ilha de Chipre, vestindo uma armadura, transformando-se no lendário Capitão Tormenta, antes que os inimigos destruam suas tropas.
 Ambientado no século XVI,  o livro mostra a famosa luta entre cristãos e muçulmanos no Oriente, sem demonizar ou sem a visão eurocêntrica de mundo, mas com riqueza de detalhes, tanto de fatos históricos, dados geográficos, roupas, armas e costumes de ambos os povos, em ritmo de uma aventura épica bastante movimentada.
 Diferentemente de outros autores, Emílio Salgari optou por um enredo realmente imprevisível, sem clichês típicos do gênero aventura, o qual prende o leitor da primeira a ultima página. Optou de revelar a verdadeira identidade do Capitão Tormenta já nas primeiras páginas, Salgari também optou em colocar como grande vilão da estória um europeu, a qual trabalha como mercenário, tentando acabar com a influência da República de Veneza no Oriente e também com Eleonora, sua grande rival.
 O Capitão Tormenta é um daqueles livros imperdíveis, ao mesmo tempo diverte, ensina curiosidades históricas e valores importantes como a honra, amor, respeito, inteligência, beleza e amizade, como uma boa estória de aventuras sempre faz, uma verdadeira raridade da literatura universal.

Um grande abraço, boa leitura, até a próxima.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

A MÚSICA E A HISTÓRIA: PÁTRIA AMADA- INOCENTES



Olá caros leitores, tudo bem com vocês?

Um dos primeiros grandes nomes do Punk brasileiro no começo dos anos 80, Inocentes originaram-se de duas bandas paulistas de punk no final da década de 70, Restos do Nada e Condutores de Cadáver,  sendo sempre lembrada por sua qualidade instrumental, letras politizadas com mensagens pacifistas, continuando muito ativa até hoje, tendo uma importância histórica imensa no Punk tupiniquim.
 Lançada em 1987, Pátria Amada faz parte do antológico álbum Adeus Carne, é uma canção bastante conhecida dos Inocentes, tanto pelo instrumental perfeito cheio de solos de guitarra como pela letra altamente politizada, que fala sobre a repressão policial, abandono e a realidade do Brasil pós Regime Militar, fazendo um apelo por justiça e mudança de postura política de nossos administradores, tornando a letra muito atual. Confiram abaixo um vídeo com a música, prestem bem atenção na letra:


Grande abraço, BOA SEMANA, até a próxima. 

domingo, 22 de fevereiro de 2015

INFORMATIVO ESPECIAL: A HISTÓRIA DO CINEMA


Olá caros leitores tudo bem com vocês?

Como hoje é a entrega do Oscar 2015 (22/02), quero trazer um pequeno resumo da História do cinema, a qual fez parte de meu TCC de Graduação em 2010 e também da série A História do Cinema, que fez muito sucesso aqui no blog em 2012, porém não consegui concluir, espero que curtam bastante e conheçam um pouco da trajetória da sétima arte até os dias de hoje.

A HISTÓRIA DO CINEMA MUNDIAL

O cinema nasceu em um período cheio de inovações tecnológicas e de formas diferentes de entretenimento, impulsionadas pela Revolução industrial, no final do século XIX ou em outras palavras, era um dos triunfos da burguesia européia. Segundo Bernardet (1994, p. 127), “no bojo de sua euforia dominadora, a burguesia desenvolve mil e uma máquinas e técnicas que não só facilitarão seu processo de dominação, a acumulação de capital, como criarão um universo cultural à sua imagem”.
No meio dessa “onda de novidades”, surge a máquina fotográfica, criada por Niépece, mas melhorada e patenteada por Louis Daguerre, seu grande amigo e sócio. Ao passar do século XIX, novas técnicas fotográficas são inventadas, com o propósito de deixar a foto mais próxima da realidade o possível, inclusive criar ilusões de ótica, como fez Muybridge em 1876, colocou 24 câmeras em um hipódromo, tirando fotos sequenciais da passagem de um cavalo e Marey, que fotografou o voo de um pássaro detalhadamente, dando impressão de movimento, prenunciando o surgimento do cinema e do desenho animado. Segundo Bernardet (1994, p. 127), “nestas experiências, o que os cientistas procuram é fixar movimentos rápidos que não podem ser analisados a olho nu”.
Em 1891, Thomas Edison inventa o quinetoscópio, que foi aperfeiçoado, e mais tarde ganhou o nome de cinematografo. Segundo Mascarello (2006, p. 19), “Edison produziu filmes para o quinetoscópio num pequeno estúdio construído nos fundos de seu laboratório. Era uma construção totalmente pintada de preto, que tinha um teto retrátil, para deixar entrar a luz do dia, e que girava sobre si mesma, para acompanhar o sol”.
No entanto, o inventor do cinematografo foi Léon Boulyon, em 1895, mas acabou perdendo a patente do invento pelos irmãos Auguste e Louis Lumiére, filhos de um grande empresário francês. Os Lumiere começaram a filmar o cotidiano, realizando filmes em curta metragem, sem som e cor, formando um dos primeiros gêneros cinematográficos da História, o documentário. Eles também eram apaixonados por inovações tecnológicas, e criaram diversos inventos além do cinematografo, como a colorização de fotografias. Segundo Mascarello (2006, p. 19), “Auguste e Louis Lumiere, apesar de não sido os primeiros na corrida, são os que mais ficaram famosos”.
Mesmo assim, foi feita uma sessão especial para a divulgação do invento, no Grand Café, em Paris, naquele inesquecível dia 28 de dezembro de 1895. Um dos filmes que mais comoveram a platéia presente no evento, sem dúvida nenhuma, A Chegada de Um Trem Na Estação, muitos chegaram a se assustar com a imagem do trem no telão, mesmo assim a sessão foi um estrondoso sucesso.
Entre os presentes na platéia, estava um mágico que pertencia ao grupo de teatro do famoso ilusionista Houdini, chamado George Mélies. Encantado com o espetáculo que viu, Mélies foi conversar com os Lumiere, pois tinha grande interesse de ter um cinematografo. Eles responderam, desencorajando-o: “o cinematografo não tinha o propósito de entretenimento, mas sim como instrumento para reproduzir imagens em movimento e só poderia servir para pesquisas científicas”. Mero engano, o cinema tornou-se um popular meio de entretenimento, mas como e quem foi o pioneiro no cinema ficcional?
O mesmo George Mélies ganhou um cinematógrafo de presente e tratou de filmar, ao contrário dos Lumiere, que só filmavam o cotidiano, ele criou o segundo gênero cinematográfico, a ficção. Misturando truques de ilusionismo, trucagens de câmera e outros truques fotográficos, Mélies é considerado o “pai dos efeitos especiais”. Um dos seus filmes mais famosos foi Viagem a Lua, de 1902, inspirado no livro de Júlio Verne, um dos escritores mais populares da História.
Até o fim da Primeira Guerra Mundial, o cinema era mudo e sem cor ainda, mesmo assim, já existiam inúmeros gêneros cinematográficos, entre os mais populares estavam a comédia, teatros filmados, a ficção cientifica e o cine-documentário. Segundo Mascarello (2006, p. 20), “os primeiros filmes tinham herdado a característica de serem atrações autônomas, que se encaixavam facilmente nas mais diferentes programações desses teatros de variedades”.
No fim da década de 1910, um pólo cinematográfico estava nascendo Hollywood. Nessa época, um grande diretor estadunidense contribuiu para o surgimento da chamada “linguagem cinematográfica”, David Wark Griffith. Criando épicos que envolvem conflitos individuais e momentos importantes da História, Griffith também polemizou o público em seu filme Nascimento de Uma nação, de 1915, ao mostrar cenas em que aparece a famosa organização racista Ku Klux Klan, sendo os supostos heróis da película. Segundo Mascarello (2006, p.50), “esse filme começou a estabelecer o longa-metragem como norma e não mais como exceção”. Outro sucesso de Griffith, Intolerância, de 1916, tornou-se um clássico do cinema feito em Hollywood.
No inicio dos anos 20, surgiram os grandes estúdios cinematográficos, os quais muitos estão ativos até hoje, como a Paramount e a MGM. Ao mesmo tempo também, surgiram os grandes astros, como Rodolfo Valentino, Mary Pickford, Buster Keaton, Douglas Fairbanks, Clara Bow, e, sobretudo, o genial Charles Chaplin, conhecido aqui no Brasil como Carlitos.
O ator Charles Chaplin dispensa apresentação, levou ao extremo as possibilidades narrativas do cinema mudo, graças ao enorme talento da sua expressão facial e corporal, além da habilidade única em narrar situações que mesclavam humor, drama e crítica social, causando reflexões sobre os acontecimentos históricos e sociais da época. Seus filmes mais exemplares O Garoto, Tempos Modernos e O Grande Ditador conquistaram a unanimidade de aprovação entre a crítica e público. Segundo o próprio Chaplin (2004, p. 112), “que eu seja um comediante, mas um comediante que pensa”. Ao mesmo tempo, na Europa, iriam surgir três movimentos cinematográficos que marcariam para sempre o cinema: Expressionismo Alemão, Épico Soviético e Surrealismo.
O Expressionismo Alemão, nascido após a Primeira Guerra, expressava as angustias humana, tendo predomínio de temas fantásticos. Utilizava jogo de sombras, expressão facial e os atores usavam pesada maquiagem. Um dos filmes mais expressivos desse movimento foi Nosferatu, dirigido por F. W. Murnau em 1922. Segundo Menezes (2004, p. 03), “os filmes da época tem devaneios românticos, sinais de alma torturada dos artistas. São filmes de terror, fúnebres, com atmosfera de pesadelo, escuros, com altos contrastes entre o preto e o branco, como se, realmente, não houvesse possibilidades de meios termos”.
Nascido na União Soviética, o Épico Soviético inovou ao trazer filmes com temáticas históricas, política e social, além de provocar o espectador a ter questionamentos, mostrando vários pontos de vista do mesmo fato, destacando-se o diretor Sergei Eisenstein. Seu filme mais emblemático O Encouraçado Potenkim, de 1927, foi feito em comemoração aos dez anos da Revolução Russa. O filme tinha, segundo Mascarello, “um apelo emocional muito mais concreto”.
O Surrealismo, inspirado especialmente nas pinturas de Salvador Dali, como fosse um sonho, buscava fugir da lógica racional, liberando as pulsões do inconsciente, sempre dotado de críticas sociais. Segundo Mascarello (2006, p. 141), “um dos diretores expressivos desse movimento foi o espanhol Luís Buñuel, que com a colaboração de Dali, realizou em 1928, um dos seus filmes mais conhecidos, Um Cão Andaluz”.
No fim dos anos 20, duas grandes novidades abalam o cinema de Hollywood: uma delas é o surgimento dos filmes com som, o primeiro deles foi O Cantor de Jazz, de 1928, um grande sucesso de bilheteria na época, e o prêmio em reconhecimento à produção cinematográfica, o Oscar. O primeiro filme a receber um Oscar de melhor filme foi Asas, um épico que remonta as emocionantes batalhas áreas da Primeira guerra. Segundo Cunha (1979, p. 18), “para Hollywood as coisas nunca andaram melhor”.
Entre as décadas de 1930 e 1940, a produção hollywoodiana consolida-se como principal pólo cinematográfico mundial. Nesse período surge a primeira técnica de colorização de filmes, o Tecnicolor. Gêneros populares como o western (faroeste), a comédia, o terror e aventura são remodelados, também surgindo outros novos, em especial o musical e o suspense policial, consagrando uma nova geração de diretores. Frank Kapra (A Mulher Faz O Homem), Alfred Hitchcock (Psicose), Orson Welles (Cidadão Kane), John Ford (No Tempo das Diligências), James Whale (Frankenstein), e especialmente, Victor Fleming, diretor de filmes como E O Vento Levou e O Mágico de Oz, ambos de 1939, até hoje considerados clássicos do cinema.
Depois da Segunda Guerra, o cinema italiano começou a retratar o sofrimento do pós-guerra, usando atores não profissionais, filmando fora do estúdio, fazendo produçõdio, fazendo produçlmando fora do estor de filmes como ense policial, consagrando uma nova geraçalmente, nes com um orçamento bem baixo, abusando da ousadia e criatividade.  Esse movimento se chama Neo-Realismo Italiano. A montagem dessa escola cinematográfica, segundo Napolitano (2005, p. 76), “busca manter o ‘tempo real do sofrimento’ representado no filme; exposição extensiva da realidade com mínimo de corte por parte do diretor; espaços abertos ‘reais’ para a cena (ou seja, não há encenação’ artificial da narrativa); preferência pelo fortuito com elemento dramático; cenas/sequências não apontam para um ‘fim, não acomodando a tensão do espectador (há indeterminação)”. Os diretores Vitorrio de Sica (Ladrões de Bicicleta), Roberto Rossellini (Roma, Cidade Aberta) e Luchino Visconti (A Terra Treme), foram os destaques desse movimento, inclusive influenciando diversos cineastas mundo a fora.
Com o surgimento da revista Cahiers du Cinema, criada por André Bazin, nasceu um movimento no cinema francês, com características semelhantes ao neo-realismo, inclusive nos quesitos anticomercial e ousadia, que ficou conhecido como Nouvelle Vague (Nova Onda). Segundo Mascarello (2006, p.222), “o movimento cinematográfico levou às telas expectativas e frustrações de uma geração de jovens amadurecidos na Guerra Fria, numa Europa pós-guerra sem inocência, massificada e hiperpovoada de imagens de cinema, da publicidade e da recém-consolidada televisão”.  Alain Resnais (Hiroshima Meu Amor, Noite e Neblina), Jean-Luc Godard (Alphaville, O Demônio das Onze Horas) e François Truffaut (Jule et Jim, Os Incompreendidos) são os grandes nomes dessa escola cinematográfica, muitos deles em atividade até hoje.
Ainda na Europa, uma nova geração de diretores surgiu influenciada tanto pelas escolas cinematográficas francesas e italianas como pelo cinema político soviético e por outros movimentos (surrealismo e expressionismo). Destaque para o diretor sueco Ingmar Bergman, que segundo Napolitano (2006, p.74), “fez o cinema se aproximar da filosofia sem cair em narrativas artificiais ou pedantismos intelectuais, como pode ser visto em obras como O Sétimo selo (1956), Morangos silvestres (1957) e Gritos e sussurros (1972). Pelo caminho da simplicidade, Bergman levou o cinema às profundezas da alma humana como nenhum outro diretor talvez tenha conseguido”. Outros diretores europeus consagrados desse período são os italianos Frederico Fellini (Satryricon, Julieta dos Espíritos), Michelangelo Antonioni (Blow Up, Aventura), Gillo Pontecorvo (Batalha de Argel), Píer Paolo Pasolini (Decameron, O Evangelho Segundo São Mateus), o polonês Andrzej Wajda (Cinzas e Diamantes, Danton) e o soviético Andrei Tarkovsky (Solaris).
Na Ásia, segundo Cunha (1979, p. 32), “o cinema japonês conseguia penetração mundial através, principalmente, de Akira Kurosawa - Rashomon (50), Os Sete Samurais (54), Trono Manchado de Sangue (57) - deixando de lado as velhas fórmulas e assimilando, de certa forma, a linguagem ocidental”. Esse diretor é um dos cineastas que popularizou um novo gênero cinematográfico, a dos filmes de samurai, lançando ao estrelato o ator Toshiro Mifune e inspirando diversos diretores no ocidente, inclusive Sergio Leone (Três Homens Em Conflito, Por Uns Dólares a Mais) e John Struges (Sete Homens e Um Destino). Kagemusha a Sombra de um Samurai, Ran e Sonhos são outros filmes de Kurosawa que o consagraram e merecem destaque pelo espetáculo visual e poético que provocam no espectador.
Entre as décadas de 40 e 50, indo até um pedaço dos anos 60, Hollywood viveria um período conhecido como “era de ouro”, no qual ganham destaques a superproduções épicas, as quais são apreciadas e fonte de inspiração até hoje.  Destaque para Ben Hur (1959), o primeiro filme a ganhar 11 Academy Awards (Oscar), tendo atuação inesquecível de Charlton Heston, cenários grandiosos e uma estória emocionante. Outros filmes épicos desse período, Sansão e Dalila, O Egípcio, Quo Vadis, Spartacus, Os Dez Mandamentos, Barrabás, Rei dos Reis, Cleópatra, O Manto Sagrado e Lawrence da Arábia. No final dos anos 60, o diretor Stanley Kubrick lança o visionário filme 2001: Uma Odisséia no Espaço, que seria um boom para as produções high-tech, que iriam iniciar em meado dos anos 70.
Durante a década de 50, vendo a ascensão de uma cultura voltada para o público jovem, a indústria do cinema se rende ao ritmo agitado do Rock e da rebeldia juvenil. Os atores Marlon Brando (Sindicato de Ladrões, Caçada Humana), e, sobretudo, James Dean (Assim Caminha a Humanidade, Juventude Transviada), viraram ícones dessa geração. Segundo Cunha (1979, p. 33), “quando Giant (Assim Caminha a Humanidade) foi lançado, em 1956, seu astro já morrera num desastre de automóvel. Foi mais um golpe para a indústria que pensava ter encontrado nele o ídolo jovem necessário ao seu dialogo com a juventude”. Não demorou muito, surgiram comédias musicais estrelados por Elvis Presley (Prisioneiro do Rock, Love Me Tender) e pelos Beatles (Os Reis do Iê-iê-iê, Help), ídolos da juventude na época. A fórmula desses filmes era simples: garotas bonitas, muita confusão, situações hilárias e muita música. Ainda nos filmes destinados para o público jovem, Dennis Hooper, Jack Nicholson e Peter Fonda realizam Sem Destino, em 1969. Ao contrário das comédias leves estrelados por astros do Rock, esse filme retrata uma visão perturbadora de uma juventude desiludida e alienada. Segundo Schneider (2009, p. 506), “Sem Destino desafiou boa parte da sabedoria convencional de Hollywood. É um filme de, e para jovens (Hooper só tinha 32 anos quando o dirigiu), com trilha sonora de grandes expoentes da contracultura como Steppenwolf, Jimi Hendrix e Bob Dylan. Nenhum dos atores principais (Nicholson, Hooper e Fonda) era uma grande estrela”.
Nesse mesmo momento, muitos diretores europeus oriundos do cinema alternativo, vão para os Estados Unidos em busca de sucesso e de novos públicos. O polonês Roman Polanski (O Bebe de Rosemary, A Dança dos Vampiros, Chinatown, O Pianista), o francês Jean-Jacques Annaud (A Guerra do Fogo, O Nome da Rosa, Sete Anos no Tibet), o italiano Bernardo Bertolucci (O Último Tango em Paris, 1900, O Ultimo Imperador), os ingleses Ridley Scott (Alien, Gladiador) e Alan Parker (Mississipi em Chamas, Pink Floyd-The Wall), o alemão Win Wenders (Paris Texas, Asas do Desejo), são exemplos desse êxodo. Na Europa, Werner Herzog (Aguirre A Cólera dos Deuses, Nosferatu O Vampiro da Noite), Ken Loach (Terra e Liberdade), Pedro Almodóvar (Matador, Volver), são exemplos que era possível fazer sucesso mundial sem sair de seus respectivos países, apesar de que muitos se aventurarem em Hollywood, mas nem sempre isso significa sucesso.
As décadas de 70 e 80 foi um período de grandes novidades no cinema estadunidense, surgindo novos astros, como Bruce Lee (Operação Dragão), que tornaria os filmes de arte marciais populares e sendo uma influência forte em atores de filmes de ação como Jackie Chan, Jet Li, Chuck Norris, Jean Claude Van-Damme, além do diretor Quentin Tarantino (Kill Bill, Pulp Ficticion), entre outros. Segundo Schneider (2009, p. 563), “Operação Dragão merece o seu lugar na história dos filmes puramente pela presença carismática de Lee e pelas sequências de luta impossíveis de serem imitadas”. Inspirados nos moldes do cinema europeu, mesclando com a linguagem cinematográfica hollywoodiana, surgem uma nova safra de diretores, que até hoje influenciam novas gerações. Martin Scorsese (Os Infiltrados, O Aviador), Francis Ford Coppola (O Poderoso Chefão, Apocalypse Now), Brian de Palma (Scarface, Os Intocáveis), James Cameron (O Exterminador do Futuro, Titanic), sobretudo, Steven Spielberg (Tubarão, ET O Extraterrestre) e George Lucas (Guerra nas Estrelas), são os percussores do uso de computação gráfica e tecnologia high-tech, para criar filmes memoráveis, cheios de fantasia e surpreendente realismo.

De 1990 até o presente momento, vemos proliferarem diversos novos estilos, filmes de outros países que antes eram inaccessíveis, agora podem ser vistos, devido o surgimento dos aparelhos de DVD, da popularização das emissoras de televisão por assinatura e da internet. Também pode se ver uma queda de paradigmas, como aconteceu no Oscar 2010, quando a diretora do filme Guerra ao Terror, Katheryn Bigelow, venceu como melhor diretor, sendo a primeira mulher a receber um Oscar nessa categoria. O apogeu de novas tecnologias, como foi mostrado em filmes como Avatar, dirigido por James Cameron, mostram que caminho o cinema atualmente está seguindo, preparando para o que virá no futuro.

BIBLIOGRAFIA

ADORO CINEMA. Disponível em: <http://www.adorocinema.com>. Acesso em 10 mai. 2010. 

BERNARDET, Jean Claude. Cinema Brasileiro: Uma Proposta Para Uma História. 2ed. São Paulo. Editora Companhia das Letras, 2009.

_______________________. O Que É Cinema? Coleção Primeiros Passos Volume 12. São Paulo, Editora Circulo do Livro, 1994.

CHAPLIN, Charles. Por Ele Mesmo. São Paulo, Editora Martin Claret, 2004.

CUNHA, Wilson. Biblioteca Educação É Cultura Volume 5: Cinema. São Paulo, Editora Bloch, 1979.

E-PIPOCA. Disponível em: < http://epipoca.uol.com.br>. Acesso em 10 mai. 2010.

HISTÓRIA DO CINEMA. Disponível em: < http://www.historiadocinema.com.br>. Acesso em 10 de mai. 2010.

INTERFILMES.  Disponível em: < http://www.interfilmes.com>. Acesso em 10 mai. 2010.

MASCARELLO, Fernando. História do Cinema Mundial. Campinas, Editora Papirus, 2006.

MENEZES, Andrea Penteado. O Cinema Expressionista Alemão. Disponível em: < http://www.andreapenteado.com/files/Cinema_Expressionista_Alem_o.pdf>. Acesso em 10 mai. 2010.

NAPOLITANO, Marcos. Cultura Brasileira: Utopia E Massificação (1950-1980). São Paulo, Editora Contexto, 2008.
____________________. Como Usar O Cinema Em Sala de Aula. São Paulo, Editora Contexto, 2006.

RAMOS, Fernão. O Cinema marginal. São Paulo, Editora Brasiliense, 1987.

SCHNEIDER, Steven Jay. 1001 Filmes Para Ver Antes De Morrer. São Paulo, Editora Sextante, 2009.

Grande abraço, BOM FIM DE SEMANA, até a próxima.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

VÍDEO-POEMA: SER VIVIDA


Olá caros leitores, tudo bem com vocês?


Esse pequeno vídeo é uma adaptação de um poema escrito por mim chamado "Ser Vivida", a voz que narra o poema é do autor desse blog, ou seja, eu, professor Andrio, é uma das primeiras experiências que já tive com narração de textos, em breve farei outros, aguardem. Em poucas palavras, esse poema fala sobre o sentido da vida de forma lírica e filosófica. 



Um grande abraço, bom fim de semana, até a próxima.


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

POEMA: COMO SURGE UM POEMA?


Uma folha de papel,
Uma caneta na mão,
Inspiração na cabeça,
Um tema especial,
Surge as primeiras palavras,
Depois frases e versos,
Finalizando com verso tocante,
É assim que surge um poema.

Autor: Andrio Cardoso Pereira

BOM FIM DE SEMANA, ATÉ A PRÓXIMA.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

POEMA: VIDA TRANQUILA E SEM EXAGEROS


Não perca tempo com besteiras,
Isso só atrasa a vida e não leva a nada,
Se não gosta de algo, apenas ignore,
Não precisa desfilar ódio e arranjar briga fácil,
Se gosta de algo,  fique para você,
Ninguém tem obrigação de aguentar seus fanatismos,
Aliás, tudo que é exagerado fica chato demais,
No fim, acaba virando alienação, consequentemente a loucura,
O que adianta brigar com familiares e amigos,
Por causa de futebol, religião, política ou por qualquer outra coisa?
Isso só traz problemas e muito sofrimento,
Portanto, leve uma vida tranquila e sem exageros,
Procure as coisas que realmente te fazem bem,
Quebre o muro do fanatismo e seja feliz.

Autor:  Andrio Cardoso Pereira






quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

CINE HISTÓRIA: IRMÃO SOL, IRMÃ LUA (1972)


FICHA TÉCNICA

Título Original: Fratello Sole, Sorella Luna/ Brother Sun, Sister Moon
Duração: 135 min.
Ano: 1972
Diretores:  Franco Zefirelli 
País:  Itália/ Inglaterra
Idiomas disponíveis e legendas: Inglês/Italiano e Português
Gênero: Épico/ Religioso/ Drama Histórico 
Temática: Idade Média/ Biografia de Santos Católicos 

SINOPSE (Fonte: Adoro Cinema)

A trajetória da vida de São Francisco de Assis (Graham Faulkner), que quando jovem era filho de comerciantes ricos e desfrutava de vinho, mulheres e canções sem ter nenhuma preocupação. Quando a guerra e a doença assolam a região onde vive, ele sofre uma grande transformação. Ao aparecer diante do bispo local e tirar suas roupas renuncia sua vida prévia para se dedicar a Deus. Mas sua pregação só iria chegar ao ápice ao ir para Roma, para ter uma audiência com o papa Inocêncio III (Alec Guinness).

COMENTÁRIO


 Superprodução do cinema europeu, dirigida por Franco Zefirelli, Irmão Sol, Irmão Lua é uma adaptação romanceada da vida de Francisco e Clara de Assis, dois jovens ricos, que largam a vida de luxo para buscar Deus e viver aquilo que Jesus Cristo viveu, ajudando as pessoas necessitadas.
  Ambientado na Idade Média, além do sentido religioso, o filme retrata muito bem o amor que Francisco e Clara tinham pelas pessoas mais pobres, natureza, amigos, acabam virando exemplos a todos os jovens daquela época. Além disso, o filme retrata os efeitos das Cruzadas, o tratamento dado pela Igreja às pessoas mais humilde e a corrupção dos comerciantes.
  Criando uma trama surpreendente, Zefirelli criou um filme que encanta tanto pelas belas paisagens italianas, como pelas cenas cheias de emoção e uma trilha sonora carregada de poesia, feita pelo cantor britânico Donovan, Irmão Sol, Irmã Lua é uma obra-prima do cinema mundial, que nos mostra o quanto é belo a solidariedade e o amor ao próximo.


Grande abraço, BOA SESSÃO, até a próxima.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

LIVRO: O CASO WAGNER- FRIEDRICH NIETZSCHE


Olá caros leitores, tudo bem com vocês?

 Conhecido por ser um verdadeiro polivalente literário, Friedrich Nietzsche (1844-1900) é um dos maiores expoentes da filosofia existencialista, tecendo em toda sua obra uma crítica impiedosa e furiosa a sociedade ocidental através de pensamentos curtos e de grande impacto, escrevendo sobre os mais variados assuntos, como religião, política, ética, cultura, artes, música, ciência, teatro, mitologia, comportamento, História e outros temas, vivenciando de perto os acontecimentos históricos da Alemanha e da Europa da segunda metade do século XIX, tornando sua obra muito importante para compreender os dias de hoje.
 Publicado originalmente em 1888, O Caso Wagner é um livro que contém três artigos escritos por Nietzsche falando sobre a vida e obra do maior compositor de música clássica alemã, Richard Wagner (1813-1889), autor de óperas como O Anel de Nibelungos, Parsifal, Tristão & Isolda e tantas outras, as quais são encenadas e adaptadas para o cinema até hoje com bastante frequência, devido a grande atemporalidade dessas peças. 
 Como já foi frisado acima, o livro traz os seguintes artigos: O Caso Wagner, Nietzsche Contra Wagner e Wagner em Baryeuth, os quais traçam um perfil importante de Richard Wagner e sua vasta obra musical, além de apresentar a relação que Nietzsche com o compositor, no primeiro momento sendo uma amizade franca, de troca de conhecimento e de admiração de um por outro, em outro momento, graças a decepções ideológicas, os dois acabam rompendo a amizade, começando assim um intenso conflito de idéias, chegando inclusive acontecer troca de acusações, especialmente vindas de Nietzsche.
 Além de falar (bem e mal) sobre a obra de Richard Wagner, Nietzsche mostra nesse livro sua paixão pela música nesse e a importância da música nas mais variadas esferas da sociedade, tudo com uma linguagem bastante simples e direta, sempre com seus indefectíveis aforismos (frases curtas que expressam idéias), tornando O Caso Wagner leitura obrigatória a todas pessoas que estudam ou são apaixonadas por música e também pela obra de Wagner.

Grande abraço, BOA LEITURA, até a próxima.
     

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

A MÚSICA E A HISTÓRIA: QUERIDA ANGOLA- WALDEMAR BASTOS



Olá caros leitores, tudo bem com vocês?

 Cantor que une influências musicais do pop africana, fado português e música brasileira, Waldemar Bastos é uma referência obrigatória quando se fala em música angolana, trazendo ao ouvinte uma sonoridade bastante peculiar e emotiva, expressando toda a vasta musicalidade de Angola e de todo o continente africano, fazendo muito sucesso em países de língua portuguesa, especialmente em Portugal.
 As músicas cantadas por Waldemar Bastos falam da dura realidade vivida por Angola, que vive sendo assolada por décadas com violentas guerras civis, fome e pobreza extrema, expressando a dor e indignação do povo angolano. Além das letras de protesto, as canções de Waldemar Bastos também falam das antigas tradições angolanas e africanas, da alegria de viver e contam a História de seu povo, com ritmos mais animados e contagiantes.
 Lançada em 1998, Querida Angola faz parte do aclamado álbum PretaLuz, um dos discos de maior repercussão internacional de Waldemar Bastos, especialmente nos países de língua portuguesa, sendo um resumo de toda sua obra em uma única música, homenageando de forma bem alegre sua terra Natal e ao povo de Angola, mas ao mesmo tempo, faz uma crítica irônica aos males que afligem seu país, como a pobreza, as guerras e a corrupção, sem perder o otimismo, usando a animada mistura de ritmos africanos com pop e influências luso-brasileiras, marca registrada desse grande nome da música africana. Confiram abaixo um vídeo com essa música,  prestem muita atenção na letra:  



Grande abraço, BOA SEMANA, até a próxima.


domingo, 15 de fevereiro de 2015

RETRÔ: REVISTA HERÓI


Olá caros leitores, tudo bem com vocês?

 Muito antes do advento da internet no Brasil, mais precisamente na década de 90, para poder conhecer melhor os seriados de televisão, desenhos animados, quadrinhos e outras coisas da cultura pop, tinha que recorrer a revistas especializadas nesse tipo de temática, pois raramente chegavam aqui livros ou artigos em enciclopédias que retratassem esse universo.
 Buscando trazer informações da cultura pop, em 1994 surge no Brasil uma revista pioneira, a Herói, publicada pela editora Acme Sampa (Conrad), a qual não é mais publicada desde 2002, mas existindo um site que funciona até hoje, sendo com a mesma fórmula que consagrou essa revista entre o público infanto juvenil naquela época. Para quem quiser conhecer, acessem: http://heroi.gameworld.com.br/ 
 A fórmula de sucesso da revista Herói era bastante simples: preço acessível a todos, reportagens as quais traziam muita informação de um jeito bastante bem humorado, publicações semanais, correspondentes nos Estados Unidos e Japão que traziam novidades quentes e matérias especiais dedicadas a nostalgia, ou seja, homenageava aquilo que contribuiu com a cultura pop no passado.
 Como já foi falado, o foco da revista Herói era a cultura pop, especialmente séries de televisão, desenhos animados, games, revistas em quadrinhos, cinema, brinquedos, álbuns de figurinhas, fanzines, e especialmente, os animes japoneses, temática a qual a revista foi uma verdadeira porta-voz no Brasil, especialmente de Os Cavaleiros do Zodíaco, anime de bastante sucesso na época, o qual foi capa da grande maioria das edições de Herói. Abaixo um comercial da revista, feito pela extinta e saudosa emissora de televisão Rede Manchete:

          

 Além disso tudo que foi dito, a revista Herói foi a responsável por divulgar muitas informações até então desconhecidas da cultura pop, levando cadas vez mais o leitor querem conhecer aquilo que estava por de trás de suas séries, animes, revistas em quadrinho e filmes favoritos, são uma fonte até hoje para quem gosta de uma leitura ao mesmo tempo informativa e divertida, influenciando até hoje o meio editorial de revistas dos mais variados gêneros.

Grande abraço, até a próxima, BOA SEMANA

sábado, 14 de fevereiro de 2015

CAMINHO DOS CANYONS ESPECIAL: BALNEÁRIO GAIVOTA


Olá caros leitores, tudo bem com vocês?

 Além dos belíssimas paisagens do interior, o Caminho dos Canyons também tem uma extensa faixa litorânea, que vai do munícipio de Passo de Torres, passando por Balneário Gaivota, Araranguá até chegar o munícipio de Balneário Arroio do Silva, onde existem inúmeras praias a serem visitadas, cada uma com sua peculiaridade, seja na questão paisagística e cultural, havendo algumas bastante agitadas e outras mais tranquilas, enfim, é uma região turística-cultural para todos os gostos e idades, valendo muito a pena conhecer de perto, vamos conhecer um pouco de Balneário Gaivota agora.
 Tendo sua emancipação política acontecida em 29 de dezembro de 1995, o munícipio  de Balneário Gaivota é o destino certo de muitos veranistas que moram nos municípios ao redor (Sombrio, Santa Rosa do Sul, etc), mas também atrai pessoas de outros lugares, especialmente do Rio Grande do Sul, por ser uma praia de fácil acesso, tendo locais mais tranquilos (principalmente retirado do centro), outros mais agitados (principalmente a beira mar no período do verão), tendo um pouco daquele ar inconfundível e acolhedor do interior, o qual é bem típico de nossa região.
 Além do mar e lagoas para se refrescar nos dias de verão, Balneário Gaivota tem lugares realmente paradisíacos que merecem ser descobertos*, tendo também uma estrutura ótima para a prática de esportes, como quadras de futebol de areia, vólei de praia, handebol, basquete, pista de ciclismo, cancha de bocha, academias ao ar livre e locais para a prática da caminhada, para-motor e surfe, mostrando a força do esporte gaivotense, havendo campeonatos disputadíssimos, os quais atraem uma grande multidão na beira da praia.
 Com intenção de deixar a praia mais bonita e atraente aos turistas, a avenida Beira Mar foi recentemente revitalizada, sendo construída uma ciclovia, ganhando bancos, a calçada tem mais acessibilidade para as pessoas com necessidades especiais, estacionamento, arborizada, placas, iluminação especial, enfim é um convite para fazer uma agradável e segura caminhada tanto durante o dia como a noite, sendo o cartão de visitas do munícipio.
 Como é de se esperar, Balneário Gaivota tem uma animada programação anual, tanto na área de esportes e principalmente em cultura, tendo como destaque a festa em Honra a São Sebastião na Figueirinha (20 de janeiro), Verão Show (toda temporada de verão trazendo grandes shows), Marfest (ocorre no inverno, também com grandes shows e atrações culturais), Opala Beach, Jetfest e muitas outras, que fazem a alegria dos turistas e dos moradores. Para encerrar essa postagem, um vídeo mostrando um pouco desse munícipio, o qual gosto muito de visitar e participar dos eventos que lá acontecem:

   
    Grande abraço, BOM FIM DE SEMANA, até a próxima.

*Em outras oportunidades, quero mostrar separadamente nessa coluna as comunidades de Lagoa Cortada, Lagoa de fora e outras comunidades que pertencem a Balneário Gaivota.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

POEMA: FELICIDADE


Amanhã vai ser outro dia,
As lágrimas deixaram de rolar,
Tudo irá ficar melhor, basta acreditar,
Comece desde já esbanjar alegria.

O período de turbulência é passado,
Não temos nada a temer,
As feridas já estão cicatrizadas,
Agora em diante  é vida nova.

Faça sempre aquilo que te faz bem,
Aproveite a vida, o dia está tão lindo,
Vai ser feliz, realizar teus sonhos.

Acredite sempre na alegria e no amor,
Eles são os verdadeiros ingredientes da vida,
Com eles, automaticamente você encontrá a felicidade.



Autor: Andrio Cardoso Pereira

BOM FIM DE SEMANA, ATÉ A PRÓXIMA

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

POEMA: FAZER O PRÓXIMO SORRIR


Minha tribo é a comunidade onde vivo,
As bandeiras que defendo são da educação e da cultura, 
Amo o país e a cidade onde moro,
Minha ideologia é lutar contra todas formas de injustiças,
Minha política é fazer o bem a todos,
Meu partido é a paz mundial,
Aliás, comigo é inteiro ou nada,
Acredito na capacidade de todas as pessoas,
O mundo gira em torno de todos nós,
Egoismo, corrupção e maldade não fazem parte de mim,
Sinceridade e simplicidade são coisas que admiro,
Entendo que o mundo não é um mar de rosas,
Mas tento com o que posso, fazer o próximo sorrir.

Autor: Andrio Cardoso Pereira



quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

CINE HISTÓRIA: FROZEN, UMA AVENTURA CONGELANTE (2013)



FICHA TÉCNICA

Título Original: Frozen 
Duração: 102 min.
Ano: 2013
Diretores:  Chris Buck & Jennifer Lee
País:  Estados Unidos
Idiomas disponíveis e legendas: Inglês/ Português
Gênero: Animação/ Infantil/ Musical/ Aventura/ Fantasia/ Drama 
Temática: Reinos Europeus no Século XIX/ Conto de Fadas de Hans Christian Andersen/ Cultura Escandinava   

SINOPSE (Fonte: Adoro Cinema)

A caçula Anna (Kristen Bell/Gabi Porto) adora sua irmã Elsa (Idina Menzel/Taryn Szpilman), mas um acidente envolvendo os poderes especiais da mais velha, durante a infância, fez com que os pais as mantivessem afastadas. Após a morte deles, as duas cresceram isoladas no castelo da família, até o dia em que Elsa deveria assumir o reinado de Arendell. Com o reencontro das duas, um novo acidente acontece e Elsa decide partir para sempre e se isolar do mundo, deixando todos para trás e provocando o congelamento do reino. É quando Anna decide se aventurar pelas montanhas de gelo para encontrar a irmã e acabar com o frio.

COMENTÁRIO

 Belíssimo filme em animação feito pela Disney, Frozen é um grande sucesso de bilheteria, de crítica e principalmente de público, inclusive ganhando vencendo em duas categorias do Oscar (melhor animação e melhor canção), transformando em um imenso sucesso principalmente entre as crianças, sendo inclusive já sendo considerado um novo clássico da Disney, graças a qualidade  das animações, das canções e do forte carisma dos personagens principais.
 Baseado na obra A Rainha da Neve, escrita pelo escritor dinamarquês Hans Christian Andersen em 1844, Frozen tem elementos típicos de um conto de fadas, em especial do gênero princesas (temática onde a Disney é especialista), juntando elementos típicos da mitologia escandinava, representado pelos trolls, monstro de neve e o carismático Olaf (um boneco de neve falante e divertido).
 Ambientado na Noruega do século XIX, o filme tendo uma oscilação perfeita do drama com a comédia, abordando de forma madura (com linguagem infantil, lógico) temáticas sobre  família, amizade, o senso de proteção, responsabilidades, depressão, sonhos e a busca pelo amor, centralizado nas figuras das personagens principais da trama, Elsa e Anna.
 Por mais que seja um conto de fadas, Frozen tem elementos culturais e históricos reais, começando pelo próprio reino de Arendelle, é totalmente baseado nas monarquias europeias do século XIX, como o da Imperatriz Sissi da Áustria e do Rei Ludwig da Baviera, inclusive os castelos da animação sendo muito semelhantes aos construídos por esses monarcas na Alemanha e Áustria. Os belíssimos cenários recriadas por computação gráfica são inspiradas na realidade nas paisagens gélidas da Noruega, a trilha sonora é um misto de música barroca, medieval, pop e jazz, além dos costumes dos alpinistas, trabalhadores do gelo são características típicas da cultura norueguesa (escandinava).
 Além dos elementos históricos, culturais, mitológicos e artísticos, os elementos que mais surpreendem em Frozen é altíssima qualidade da animação e na parte musical, essa última tendo ápice no momento em que é executado a canção Let it Go (um verdadeiro hit entre a criançada), tornando esse filme um belíssimo espetáculo audiovisual, coisa que a velha Disney sabe fazer de melhor.

                                       CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR O FILME  

Grande abraço, BOA SESSÃO, até a próxima. 


terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

LIVRO: O CORTIÇO- ALUÍSIO AZEVEDO

Olá caros leitores tudo bem com vocês?

 Um dos grandes nomes da literatura brasileira da segunda metade do século XIX, Aluísio Azevedo foi romancista, jornalista, diplomata, além de ótimo cartunista, além de ser responsável por fundar a escola literário do Naturalismo no brasil, fortemente influenciado pelo escritor naturalista francês Émile Zola, participou ativamente da campanha abolicionista e de mostrou em seus livros a pobreza, o preconceito e a situações dos menos favorecidos no Brasil de sua época . 
 Publicado em 1890, O Cortiço é a obra-prima de Aluísio Azevedo, que conta a estória da ascensão social de João Romão, um comerciante português, o qual sonha ter prestígio na sociedade carioca juntamente com sua família, tendo um cortiço, onde sua estória entrelaça com a dos moradores, vivenciando juntos momentos de tragédia, preconceito, intolerância, violência, crime, abuso, exploração, pobreza e morte, mas também de alegria, de festa e de vida nova. 
 Ambientado no Rio de Janeiro do final do século XIX, O Cortiço apresenta a transformação que a cidade passou durante os primeiros anos da República, surgindo dois contextos completamente opostos: de um lado, a elite protegida com suas mansões luxuosas e com uma vida cultural bastante ativa, de outro a população menos favorecida, vivendo em cortiços, sofrendo com a dominação imposta pela elite, tentando sobreviver a uma realidade cruel e violenta, mas que sonham em uma mudança de vida. Além disso, o autor mostra de forma indireta nesse livro a revitalização do centro da capital do Brasil na época (Rio de Janeiro), onde a população foi despejada de forma violenta, sendo obrigada a obrigar-se nos morros, surgindo as favelas, ou seja, o livro conta a História do início dessas habitações na cidade, e também o surgimento dos problemas sociais que nela existem (falta de higiene, exploração, violência, criminalidade, etc), transformando esse livro em uma leitura obrigatória para entendermos a situação social do Brasil de hoje, um verdadeiro clássico atemporal.

Grande abraço, BOA LEITURA, até a próxima.   

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

A MÚSICA E A HISTÓRIA: CASINHA BRANCA- GILSON


Olá caros leitores, tudo bem com vocês?

 Cantor e compositor brasileiro que ficou conhecido nacionalmente em meados dos anos 70, nascido em Macau na China, Gilson é um artista diferenciado na MPB, cantando canções simples, emotivas e reflexivas, caminhando pelo romantismo e por mensagens otimistas, fazendo muito sucesso, tanto que suas músicas continuam sendo gravadas por inúmeros artistas dos mais variados gêneros musicais.
 Composta e lançada no fim dos anos 70, Casinha Branca é um dos maiores sucessos de Gilson, sendo uma das mais regravadas de sua carreira, a qual reflete o momento que o país estava vivendo na época, querendo sair de um regime opressor, ao contrário da maioria das canções de protesto daquele período, a canção de Gilson quer sair da agitação e das ilusões, vivendo uma vida simples em uma casa no interior, tendo o essencial para poder viver bem e feliz, mostrando que não precisamos de muitas coisas para alcançarmos a verdadeira felicidade, fazendo que essa música continue tão atual e tão regravada. Confiram abaixo um vídeo com a música, prestem muita atenção na letra e deixem-se tocar por essa belíssima canção:


Grande abraço, BOA SEMANA, até a próxima. 

sábado, 7 de fevereiro de 2015

CAMINHO DOS CANYONS ESPECIAL: OPALA BEACH, BALNEÁRIO GAIVOTA (25-01-2015)


Olá caros leitores, tudo bem com vocês?

 Aconteceu em Balneário Gaivota no último dia 25 de janeiro, a quarta edição do Opala Beach a qual reuniu aficionados pelo carro Opala, da linha Chevrolet, que surgiu no fim da década de 60, foi primeiro carro de passeio lançado no Brasil, sendo um sucesso de vendas desde então. O evento foi organizado pelo Clube do Opala Catarinense, o COCA, da cidade de Sombrio.
 Além de membros do COCA sombriense, o evento também  contou a participação de outros clubes de opaleiros e de carros antigos de várias marcas vindos de outras cidades de Santa Catarina e também do Rio Grande do Sul, sendo montado uma grandiosa estrutura onde os participantes colocaram os seus carros com muita segurança e fazer sua festa com muita tranquilidade ao som do velho e bom Rock'N'Roll,  além de facilitar para os visitantes apreciaram a belíssima e grande exposição de carros antigos, sendo essa a grande atração dessa festa. Confiram abaixo um vídeo com imagens do Opala Beach.


 Como pode ser percebido com muita facilidade, o Opala Beach se transformou em um evento turístico e cultural importante em Balneário Gaivota no verão, cada vez mais atraindo a atenção de todos, especialmente dos fãs de carros antigos, cada ano que passa,o evento está melhorando em todos os sentidos, seja nos carros, espaço e organização, ganhando destaque pela imprensa local, a qual merece a congratulações de todos veranistas e desse blog pelo belíssimo evento realizado esse ano, estaremos aguardando para o Opala Beach 2016.

Grande abraço, BOM FIM DE SEMANA, até a próxima.





sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

INFORMATIVO ESPECIAL: MONUMENTO AS ETNIAS E PARQUE DAS NAÇÕES ,CRICIÚMA (13/12/2014)


Olá caros leitores, tudo bem com vocês?

APRESENTAÇÃO

 Como todos sabem, em 2014 iniciei minha pós graduação na UNESC em História e a Cidade: Patrimônio Cultural e Ambiental, onde trabalharemos até o fim do ano de 2015 muitos temas relacionados a defesa do patrimônio cultural e ambiental de nível mundial, nacional, catarinense, e  principalmente,  regional, sendo que o conhecimento aprendido lá nesses últimos meses venho usado constantemente aqui no blog, como muitos  de vocês podem perceber, de agora em diante, juntamente com meus colegas de sala, o blog irá apresentar informativos de passeios de estudos, pesquisas que realizarmos no decorrer do curso, começando hoje e a autoria seria de todos os acadêmicos. Então vamos para o primeiro informativo.

MONUMENTO AS ETNIAS E PARQUE DAS NAÇÕES*

 No dia 13 de dezembro de 2014, último dia de aula da pós desse primeiro ano levito, os professores Emerson Campos e Michele Cardoso, que ministraram a disciplina Patrimônio Cultural: a Cidade como Discurso, organizaram um passeio com nossa turma para visitarmos dois importantes patrimônios culturais de Criciúma, mostrando a cultura trazida pelos imigrantes que povoaram o munícipio no decorrer de sua História, sendo conhecida como a Cidade das Etnias.
 O primeiro ponto que visitamos foi o colossal Monumentos às Etnias, localizado próximo a Prefeitura Municipal de Criciúma, a uma mesquita islâmica e ao imponente teatro Elias Angeloni, sendo construído em 1981, em alusão a comemoração do centenário da colonização européia no munícipio, fazendo uma homenagem as etnias que formaram a cidade: italiana, polonesa, alemã, portuguesa e africana, lembrando a uma gigantesca mão, tendo inclusive abaixo do monumento, lindo murais feitos de azulejo, mostrando nomes de famílias, da cultura e costumes de cada etnia.
 Logo após seguimos para conhecer o Parque das Nações, localizado próximo ao Criciúma Shopping, foi construído em 2011, unindo no mesmo espaço a prática de esportes, cultura, História e lazer, tendo inclusive um imenso palco para espetáculos, quadras poliesportivas, canchas de bocha, restaurante, estacionamento, ambiente todo arborizado  e muitos outros atrativos. Além disso tudo, o parque é um grande museu ao ar livre, com várias referências a cultura e História de Criciúma, tendo inclusive a reprodução da antiga Ferrovia Teresa Cristina, apelidado carinhosamente de Teresinha, sendo possível fazer um divertido passeio com a replica de um trem com dois vagões, sendo possível conhecer todo o parque, como já o próprio nome já diz, faz um alusão as etnias que formaram a cidade de Criciúma.
 Concluindo nosso passeio, vendo esses dois patrimônios culturais, podemos notar claramente a mudança cultural que Criciúma viveu nos últimos 30 anos, deixando aos poucos a questão da mineração de carvão, graças a degradação ambiental, para louvar os imigrantes que passaram pela História da cidade, criando monumentos dedicados a eles e a Festas das Etnias, um dos maiores eventos culturais da região sul de Santa Catarina, totalmente seguindo essa temática da imigração, podendo ser sentido em todos os cantos de Criciúma.
Para finalizar, confiram abaixo um pequeno vídeo com fotos desse passeio:



Grande abraço a todos, BOM FIM DE SEMANA, até a próxima.

*Autoria do informativo acima é do seguintes acadêmicos:

Anderlise      Diego       Nicole    Valdirene
Andressa      Fabíola     Paola
Andrio         Gislaine     Raphael
Angela         Júlia          Rodrigo
Caroline       Juliana      Rogério
Catrine         Liriane     Rosana
Daniel          Macsuel   Taciana
Deividi         Michele    Taíse
     
Professores Responsáveis: Emerson e Michele
  





quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

POEMA: GRANDE CICLO



Vivemos em um grande ciclo,
Tudo tem um começo, ápice e fim,
Nada foge a essa simples regra,
Tudo são fases, tendências ou momentos,
Pode acontecer de repetir, 
Porém não na mesma intensidade,
Tudo se reinventa, acrescenta um elemento daqui, outro de lá,
Portanto não se apegue com coisas banais,
A vida é curta demais para se preocupar com bobagens,
Aproveite o tempo com coisas realmente interessantes,
Pense, faça o que é certo e seja feliz de verdade.

Autor: Andrio Cardoso Pereira