sexta-feira, 13 de março de 2015

SRS: ESPECIAL: HISTÓRIA DO MUNICÍPIO (RESUMO)


Olá caros leitores, tudo bem com vocês?

 Hoje, o tema da coluna Santa Rosa do Sul Especial é muito especial,  é uma compilação em forma de resumo dos três informativos que escrevi em 2012 descrevendo a História de nosso munícipio, desde os tempos mais antigos até os dias de hoje, feito especialmente para a nossa juventude e para aqueles que não tiveram oportunidade de ler na época, fiquem a vontade, leiam com muita atenção, pois esse informativo servirá de base para os próximos informativos que vão ser postados no blog, UMA BOA LEITURA A TODOS.

HISTÓRIA DE SANTA ROSA DO SUL

Santa Rosa do Sul é um município pequeno e politicamente jovem, sendo que sua emancipação política aconteceu apenas em 1988,quando se desmembrou da cidade de Sombrio, mas sua História começou quando era habitado por índios do tronco linguístico Tupi- Guarani, foram os primeiros moradores de onde se localiza o atual município e tiveram contato com os colonizadores europeus que por aqui passaram, especialmente luso-açorianos, italianos, alemães e espanhóis.
 Um dos acontecimentos históricos mais antigos que aconteceu aqui vem de relatos orais, só foi registrado no livro Paróquia de Sombrio, escrito em 1948 pelo padre Raulino Reitz, irmão mais novo do padre João Reitz, um dos párocos que impulsionou a criação de capelas e igrejas na região, inclusive aqui, ajudando no crescimento de vilarejo.
 O relato consiste em um caso de assassinato ocorrido em uma sanga próximo ao morro onde hoje fica localizado a Prefeitura de Santa Rosa do Sul. Mesmo com vários estudos históricos feitos, não se sabe ao certo a causa, nomes das pessoas assassinadas, data e ano, pois esse acontecimento veio até nós através da fonte oral, e foi modificada com o passar do tempo, mas algo todos sul santa-rosenses acreditam na veracidade desse fato macabro.
 Abaixo segue a versão do acontecimento descrita na década de 40 pelo padre Raulino Reitz em seu livro Paróquia de Sombrio:

....dois assassinos cruzando as fronteiras, fugiram do Estado do Rio Grande do Sul e se asilaram no atual morro de S. Rosa, bela montanha arredondada. A polícia, porém, não descansou. Foi ao alcanço de ambos e encontrou um pescando nas costas da lagoa Sombrio. Sob pena de morte foi intimado a indicar seu companheiro. Levou então os policiais até as cabeceiras da Sanga de S. Rosa onde ambos foram executados... (página 70)  

 Devido a esse acontecimento chocante, a região passou a se chamar MORRO DAS MORTES, sendo um dos primeiros nomes conhecidos da localidade onde se localiza o munícipio de Santa Rosa do Sul. Atualmente o morro onde aconteceu esse assassinatos é ainda conhecido por esse nome, e também pelo apelido de MORRO DA CAIXA D'ÁGUA, onde ficar o reservatório de água da Samae. 
 Como em todo lugar onde acontecem crimes bárbaros no passado, o Morro das Mortes não é diferente, há muitos relatos de aparições fantasmagóricas, pessoas que sonham com potes de ouro estão lá enterrados, enfim uma infinidades de estórias fantásticas, que tornam o acontecimento cada vez mais intrigante para quem é apaixonado de História.
Em 1893 eclode no Rio Grande do Sul uma nova e sangrenta guerra civil a qual ultrapassa as fronteiras gaúchas, a qual durou até 1895, a Revolução Federalista. Após passado o conflito, muitos imigrantes vieram para  Santa Catarina, inclusive criando núcleos de povoamento.
 Nesse contexto, Morro das Mortes (Santa Rosa) começa receber a primeira leva de imigrantes vindos do Rio Grande do Sul, grande maioria de origem europeia (açorianos, alemães e italianos) os quais fixaram moradia nessa localidade, que aos poucos começava ganhar ares de vilarejo. Mesmo com poucas casas, aqui desenvolveu-se um pequeno povoado, liderado por três grandes famílias.
 Os chefes dessas famílias eram: Alfredo Teixeira da Rosa, Alfredo José dos Santos e Alfredo Calazans Emerim. Curiosamente, os patriarcas tinham coincidentemente o mesmo nome, Alfredo. A população naquela época dizia que iam nos Alfredos (Santa Rosa), quando perguntavam onde estavam indo, com o tempo o local passou a se chamar Três Alfredos.
 Ambos comerciantes, os Alfredos ajudaram para o crescimento do povoado juntamente com as famílias que aqui estavam chegando, tornando-os pessoas muito conhecidos em toda região, consolidando a localidade em um ponto comercial.
 Sendo um povoado o qual a grande maioria professava a fé católica, iniciou na década de 1920 um movimento para a construção de uma capela, sendo autorizada pela Mitra Arquidiocesana em 1928, através do padre Antônio Luiz Dias. Antes disso, as celebrações religiosas eram realizadas na casa de Alfredo Emerim.
 Ao mesmo tempo em que acontecia a construção da capela, foi feito uma pesquisa para escolher o padroeiro ou padroeira para o local, logicamente havendo muitas sugestões. Como a família Teixeira da Rosa era numerosa e fervorosamente católica, padre Antônio decidiu por Santa Rosa de Lima a padroeira da capela.
 No dia 30 de agosto de 1932, a capela foi finalmente inaugurada com uma belíssima festa, sendo o primeiro festeiro Alfredo Teixeira da Rosa. Novamente, devido a capela, o vilarejo mudava de nome e passava a se chamar Santa Rosa.
 Década de 1930, período em que na Europa surge regimes totalitários, como o nazismo e o fascismo, no Brasil começa a era do presidente Getúlio Vargas através da Revolução de 1930 e consolidada com a Revolução Constitucionalista de 1932. Enquanto isso, Santa Rosa era um pequena vilarejo a qual pertencia ao município de Araranguá.
 Nessa época, era muito comum a passagem dos tropeiros pela região, que traziam produtos de outras regiões do Brasil, especialmente da serra gaúcha, para Santa Rosa, abastecendo o comércio local, havendo um grande fluxo de pessoas que por aqui passavam. Como é de se imaginar, a grande maioria das famílias viviam basicamente da agricultura, especialmente do cultivo da mandioca, surgindo então grandes engenhos onde era fabricados a farinha e o polvilho.
 O tempo foi passando, o povoado foi crescendo, até se tornar uma pequena e aconchegante vila. Com a emancipação política de Sombrio, ocorrida em 1953, Santa Rosa passou a pertencer a esse munícipio. Dois anos depois, após pressão popular, o prefeito sombriense Santelmo Borba, através da Resolução 01/55 de 24 de Novembro de 1955, transforma Santa Rosa em distrito de Sombrio.
 A partir dos anos 80, devido o forte desejo da população de Santa Rosa pela emancipação política do distrito, surge o movimento emancipacionista. Criando um diretoria para trabalhar pela criação do munícipio, o movimento emancipacionista realizou um plebiscito com a população no dia 18 de outubro de 1987, a qual a grande maioria votou SIM pela emancipação.
 Após ser ratificada pela Assembléia Legislativa do Estado, o então governador Pedro Ivo Campos tentar vedar o pedido de emancipação, mas o veto acaba sendo derrubado pela Assembléia. Assim, abriu caminho para Santa Rosa e outros seis distritos catarinenses se transformaram em municípios.
 Finalmente no dia 04 de janeiro de 1988, o distrito de Santa Rosa emancipa-se de Sombrio, ganhando o nome de Santa Rosa do Sul, começando assim oficialmente a História política do município. A primeira eleição foi marcada para o dia 16 de abril de 1989, com a posse prevista para o dia 01 de junho daquele mesmo ano. Abaixo vem os nomes de todos os prefeitos e vice que governaram a cidade de 1988 até 2012, confiram:

Primeiro Mandato (1989-1992)

Prefeito: José Aquino Isoppo
Vice:  José Pereira da Rosa

Segundo Mandato (1993-1996)

Prefeito: José Pereira da Rosa
Vice: José Moacir Bez

Terceiro Mandato (1997-2000)

Prefeito: José Aquino Isoppo
Vice: Geci Gertrudes de Oliveira Casagrande

Quarto Mandato (2001-2004)

Prefeito: Nelmo Emerim
Vice: Antônio Juvenal Varela

Quinto Mandato (2005-2008)

Prefeita: Geci Gertrudes de Oliveira Casagrande
Vice: Nelson Cardoso de Oliveira

Sexto Mandato (2009-2012)

Prefeita: Geci Gertrudes de Oliveira Casagrande
Vice: Geovano Cândido Gomes

Sétimo Mandato (2013-2016)

Prefeito: Nelson Cardoso de Oliveira
Vice: Nelmo Emerim

 De 1988 até o atual momento, Santa Rosa do Sul vem crescendo em grande escala, deixando de ser aquela vila dos tempos primitivos, tornando-se um munícipio ativo na região sul de Santa Catarina. Relembrar sua evolução histórica as novas gerações é criar raízes de identidade com o lugar, portanto nunca devemos de deixar que essa nossa História morra.
 Agora, começa um novo capítulo da História de Santa Rosa do Sul, o quais nós começamos a escrever, e as novas gerações irão conhecer e admirar. Portanto, devemos plantar coisas positivas, para que no futuro, nossos filhos e netos colham bons frutos, essa é a missão de todos os sul santarosenses.

GRANDE ABRAÇO, BOM FIM DE SEMANA, ATÉ A PRÓXIMA

2 comentários:

  1. Parabéns Andrio, seu trabalho continua sendo importante para nossa terra. Afinal história se conta assim, valorizando obras, pessoas, a passagem de cada um e sua marca. Valeu garoto.

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  2. Boa noite Andrio, encontrei seu blog por meio do Google e li algumas postagens. Parabéns pela iniciativa de dividir seu conhecimento musical, literário e histórico (eu, por exemplo, não conhecia a sua cidade).
    No entanto, notei alguns problemas de revisão que me ofereço para corrigir. Faço isso para outras pessoas e todas gostam do meu serviço. Se lhe interessou, meu email é: revisomesmo@gmail.com .

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