Olá caros leitores, tudo bem com vocês?
O pequeno texto texto abaixo é um fragmento do artigo Praça Frei Raimundo Simonetto: Estudo de caso sobre um patrimônio de Santa Rosa do Sul, escrito para uma disciplina de minha pós, o qual pretendo publicar em formato livro em breve, para que a população de Santa Rosa do Sul conheça a História da praça e valorize esse patrimônio cultural de nosso município. Nesse fragmento, conta um pouco da trajetória do Frei Raimundo Simonetto, primeiro pároco de Santa Rosa do Sul. GRANDE ABRAÇO, BOA SEMANA, ATÉ A PRÓXIMA!
QUEM FOI FREI RAIMUNDO SIMONETTO?
Nascido no dia 02 de fevereiro de
1925, Frei Raimundo Simonetto é natural da cidade gaúcha de Veranópolis, filho
de João Simonetto e Paulina Fracaro, em 1937, ingressou no seminário, sendo
ordenado sacerdote em 1951, trabalhou em diversas paróquias como Caxias do Sul,
Porto Alegre, Bagé, Praia Grande-SC, Lagoa Vermelha e Birigui-SP, além de
exercer funções como professor, diretor de uma editora de livros, diretor de
rádio, diretor e administrador de um hospital.
Chegou a Santa Rosa do Sul no dia 12
de abril de 1970, a pedido da população que desejava um padre fixo, tendo a
influente ajuda do padre João Adão Reitz pároco que atendeu o centro e as
comunidades do interior de Santa Rosa do Sul por 32 anos (COELHO, 2012 pgs.
55-56), dando início à evolução social e religiosa do lugar, que na época ainda
era distrito do município de Sombrio. No período que ficou em Santa Rosa do
Sul, Frei Raimundo Simonetto foi responsável pela construção do atual salão
paroquial, que segundo Coelho (2012, p. 55), teve auxílio financeiro de
“missionários alemães que estavam no Brasil e intermediaram a doação de 60% dos
recursos necessários para a construção da obra”. Mesmo com essa ajuda vinda de
fora, o frei manteve isso em segredo, como relatou o senhor Manoel Cabral,
porque “o pessoal daqui ia parar de ajudar” (COELHO, 2012, p.59), mas depois
foi anunciado ao povo o que estava acontecendo e a obra transcorreu
tranquilamente.
Além do novo salão paroquial, o frei
iniciou o processo que levaria a pequena capela a se transformar em Curato, que
segundo Machado (2007, pgs. 23-24) é “uma semântica canônica que prenuncia o
advento próximo de uma paróquia”, durando até o dia 18 de janeiro de 1976,
quando frei Raimundo terminou seu trabalho pastoral, sendo substituído pelo
Frei Nadir José Segala, o qual deu sequência daquilo que o frei anterior estava
trabalhando, culminando com a criação da paróquia Santa Rosa de Lima, no dia 15
de fevereiro de 1976. Mesmo sendo uma pessoa aparentemente forte e saudável,
quando estava trabalhando na paróquia de Praia Grande, acabou adoecendo e
hospitalizado, vindo a falecer no dia 15 de dezembro de 1988, na cidade de
Caxias do sul, em decorrência de um câncer fulminante, sendo enterrado no
Cemitério da cidade de Vila Flores no Rio Grande do Sul.
Graças a seu trabalho pastoral, o qual muitos
moradores antigos lembram com bastante saudosismo, Frei Raimundo Simonetto foi
homenageado em Santa Rosa do Sul através da escola da comunidade de Vila Nova,
uma rua do centro e a praça da igreja matriz, recebem o seu nome, sendo de
certa forma, um reconhecimento mesmo que póstumo pelo aquilo que ele fez no
município.
REFERÊNCIAS
COELHO, Rolando Christian Sant’Helena. Santa Rosa do Sul Raízes. Sombrio, SC:
Editora Sul Gráfica, 2012.
MACHADO, Sibeli Cardoso Borba. Um pouco da história da comunidade
sulsantarosense. Araranguá, SC: Diocese de Criciúma, 2007.
Nenhum comentário:
Postar um comentário