quarta-feira, 29 de outubro de 2014

CINE HISTÓRIA: O EGÍPCIO (1954)


FICHA TÉCNICA

Título Original The Egyptian 
Duração: 140 min.
Ano: 1954
Diretor: Michael Curtiz 
País:  Estados Unidos
Idiomas disponíveis e legendas: Inglês e Português
Gênero: Épico/ Aventura/  Drama Histórico
Temática: Egito Antigo

SINOPSE (Fonte: Interfilmes)

Nos tempos da décima oitava dinastia do Egito, Sinuhe (Edmund Purdom), um pobre órfão, torna-se um brilhante médico. Junto a seu amigo Horemheb (Victor Mature) ele é apontado para servir ao novo Faraó. Vivendo na corte, Sinuhe começa a perceber coincidências entre acontecimentos que marcaram as dinastias faraônicas e tragédias que marcaram sua própria vida. Cada vez mais absorto pelas intrigas da corte, ele passa a conhecer bizarros segredos de seus governantes e muitas respostas para perguntas que ele carregou consigo durante toda a sua vida.

COMENTÁRIO

Obra prima do escritor Mika Waltary, ganhou as telas do cinema num clássico filme sobre a civilização egípcia do nordeste da África. Uma obra que pode preencher em muitos requisitos a exploração sobre costumes, mitos do Egito Antigo.
Através do filme o expectador poderá fazer uma analise sob diversos ângulos, tais como, a organização social egípcia, traçando um paralelo entre as condições de vida do povo, dos nobres e da classe influente dos ricos mercadores que viviam no país. A questão da prostituição, através do aluguel de belas mulheres provenientes de outras regiões do Oriente Médio, no caso especifico da Mesopotâmia (atual Iraque).
A vida na corte do Faraó e suas intrigas palacianas. A luta pelo poder, traições, assassinatos e mortes, bem como, a preocupação com a morte e a vida do além-túmulo.
Analisar a importância das profissões como meio de mobilidade social, como no caso do personagem central da trama: Sinueh. O trabalho como médico cirurgião, que o fez popular entre o povo simples e no palácio do Faraó. Suas reflexões sobre a vida, o amor, a morte e a luta desenfreada dos homens pelo poder.
O destaque da analise pode também, ser focado na “reforma religiosa” de Amenófis IV, historicamente conhecido como Akhenaton, que fechou os templos dedicados as diversas divindades do Egito Antigo, uma crença e adoração num “deus único”, “Aton”, o Sol, promovendo talvez, a primeira “revolução monoteísta” da História religiosa no mundo.
Outro aspecto que pode ser abordado é a transferência da capital do império de Tebas para Amanna, cuja construção foi realizada como utilização de tijolos, caso único na História do Egito Antigo, quando se tratava da edificação de prédios públicos, tais como, templos, presídios, etc.
É possível abrir discussão sobre a importância da profissão de médico cirurgião no Egito Antigo, bem como, a utilização de métodos para resolver problemas relacionados à fraturas e outros males que afligiam os cidadãos comuns. O clima e o relevo dos locais onde se desenvolve o enredo também favorecem o conhecimento geográfico. Cabe ao profissional de História abrir espaço para outras abordagens.


Grande abraço, BOA SESSÃO, até a próxima

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