terça-feira, 28 de abril de 2015

LIVRO: PARAÍSO PERDIDO- JOHN MILTON


Olá caros leitores, tudo bem com vocês?

 Um dos grandes expoentes da poesia barroca na Inglaterra, John Milton (1608-1674) viveu uma época de grande agitação política e conflitos religiosos entre católicos e protestantes, influenciando diretamente em sua obra literária, foi um grande intelectual e trabalhou como funcionário público durante a República de Cromwell (1649-1660).
 Considerado sua obra-prima, Paraíso Perdido foi publicado pela primeira vez em 1667, trata-se de um grandioso poema épico, ou em outras palavras, é uma estória com fatos históricos ou mitológicos que interessa a toda uma coletividade, inspirado na antiga tradição dos períodos greco-romano e medieval, como Homero (Ilíada e Odisseia), Virgílio (Eneida), Dante Alighieri (A Divina Comédia) e Luis Vaz de Camões (Os Lusíadas).
 Escrevendo um épico com versos brancos e sem rimas, mas inspirado nas antigas tradições poéticas, Paraíso Perdido narra a famosa estória de Adão e Eva, narrando sua vida no Eden, que seguem a vontade de Deus, desfrutando das delícias do Paraíso, até a vinda de Lúcifer (Satã), um anjo que foi condenado ao Inferno após causar uma rebelião nos Céus, convencer eles a comer o fruto da Arvore da Ciência, no intuito de se vingar de Deus, usando sua criação mais amada contra ele, resultando na expulsão de Adão e Eva  do Eden, além do retorno de Lúcifer ao seu reino infernal.
  Inspirado no Genesis, primeiro livro da Bíblia,  Paraíso Perdido mistura acontecimentos descritos nos textos bíblicos com lendas da mitologia judaico, como a famosa Batalha dos Anjos, onde os anjos liderados por Miguel combatem os anjos liderados por Lúcifer, descrito com uma grande riqueza de detalhes, além de citar inúmeros episódios bíblicos, como o nascimento, morte e ressurreição de Jesus Cristo, mitos de origem greco-romana, mesopotâmica e de outros povos da antiguidade e do período medieval, tudo com uma emotividade quase teatral, alguns momentos sendo maravilhoso, outras pavoroso, sendo tendo dualismos (Bem x mal, Deus x Demônio, etc), coisa bem caraterística do barroco, inspirando muitas obras de arte principalmente em igrejas, tornando esse poema um verdadeiro clássico da literatura universal.

Grande abraço, BOA LEITURA, até a próxima. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário