Olá caros leitores, tudo bem com vocês?
Escritor gaúcho bastante conhecido na literatura infanto-juvenil brasileira, Jéferson Assumção tem inúmeros trabalhados publicados, desde artigos científicos, críticas literárias, filosofia, contos, romances adultos, livros infantis e especialmente, livros para adolescentes, sempre trabalhando com temas próximos ao universo jovem, atraindo a atenção da garotada pelo estilo bem humorado de sua escrita.
Publicado originalmente em 1997, A Pior Banda do Mundo é uma das obras mais conhecidas de Jéferson Assumção, estando disponível tantos nas bibliotecas escolares como públicas graças a coleção Papo Dez da editora DCL (Difusão Cultural do Livro), conhecida por trabalhar temas relacionados ao universo adolescentes com uma linguagem bem engraçada, simples e cheio de estórias bem próximas ao universo jovem.
Escrito em formato de uma novela curta, A Pior Banda do Mundo retrata a saga de quatro jovens apaixonados por Rock, decidem montar uma banda, espalhando para toda a escola que são músicos profissionais, que estão perto de fazer sucesso, que tem amigos famosos, chegando a ponto de serem convidados para tocar na festa de aniversário da escola onde estudam, porém a realidade é bem outra: eles não sabem tocar absolutamente nada e todo aquele falatório que fizeram não passava de um monte de mentiras, desesperados, decidem correr contra o tempo para tentar evitar um inevitável fiasco de proporções épicas aconteça.
Ambientado em uma cidade do interior do Rio Grande do Sul (provavelmente na terra natal do autor, Santa Maria) na década de 1990, o livro esbanja um humor caótico e uma chuva de referências ao universo do Rock, MPB e da música clássica, da primeira a última página, dando a entender desde o começo que vai acontecer no final, retratando a paixão dos jovens pela música, apresentando dois tipos bem distintos de músicos: Os Intocáveis, banda dos protagonistas do livro, a qual não se preocupa em ensaiar ou estudar música, só pensa em fama, mulheres, gravar discos, além de inventar coisas que não existem e se gabar de talentos que não tem; e Marcos, um jovem quieto e tímido, totalmente focado em seus estudos musicais, longe dos holofotes, é um músico virtuoso e talentoso, preparado para a carreira musical. Em resumo, o livro é uma crítica bem humorado a artistas sem humildade, canastrões, que tentam passar ideologias que não passam de estórias para boi dormir, e sem talento, mas exalta aqueles músicos que estudam ao máximo, que tem talento de sobra, além de terem postura humildade e não adere a pseudo filosofias, por incrível que pareça, essa realidade é presente nos dias de hoje, tornando esse livro bastante divertido e interessante mesmo tendo quase vinte anos de seu lançamento.
Grande abraço, BOA LEITURA, até a próxima!
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