Olá caros leitores, tudo bem com vocês?
Nascido na França durante a dominação romana, São Sebastião viveu nos tempos do terrível imperador Diocleciano, foi um grande soldado e defensor dos cristãos, sendo duramente perseguido, sofrendo primeiramente o doloroso martírio das flechas, o qual conseguiu sobreviver, e logo em seguida foi assassinado a pauladas, vindo a falecer, se tornando um grande herói da cristandade, recebendo homenagens em incontáveis cidades brasileiras e ao redor do mundo, onde o santo é padroeiro.
A comunidade de Figueirinha, que fica na divisa entre os municípios de Sombrio e Balneário Gaivota, tem como padroeiro São Sebastião, nascendo ali uma forte devoção no final da década de 1920, quando um morador daquela comunidade, após ser atingido por uma epidemia que atingiu seu gado, fez orações ao santo, caso seu gado sobrevivesse, faria uma capela em honra ao santo, fato que acabou se concretizando.
Com essa graça alcançada, iniciou peregrinações naquele lugar vindo de diversas partes, inicialmente a maioria a pé ou de a cavalo, dando origem a uma das romarias mais famosas de todo o sul de Santa Catarina, atraindo uma verdadeira multidão, todos procurando graças ao agradecer algo de bom que aconteceu, ganhando força com o passar dos anos, considerado o primeiro grande evento religioso de nossa região.
Mantendo a antiga tradição bastante viva, hoje a festa além de a pé e cavalo, tem romeiros que vão de bicicleta, correndo ou até mesmo de carro, iniciando na madrugada do dia 20 de janeiro indo até o termino da festa, vindo pessoas de inúmeras cidades do sul Santa Catarina e também do litoral norte do Rio Grande do Sul, cada um com seus objetivos e metas. Além da romaria, das tradicionais fitinhas e das missas campais com benção especial, outra tradição são os pães com formato de coração, mão, boneco, perna, dependo da graça alcançada da pessoa que doa, tornando bastante curioso.
Pela quinta vez, segui a tradição de ir caminhando de Santa Rosa do Sul até a Figueirinha (Balneário Gaivota), são aproximadamente 18 km percorridos em quase três horas de caminhada, diferente das outras vezes, que deu tempo bom a caminho inteiro, ao chegar a festa, a chuva chega com força, algo que tornou a experiência diferente, especial e inesquecível, mostrando que faça o tempo que for, a festa da Figueirinha é uma tradição que ultrapassa as gerações e continua importante no extremo sul catarinense.
Grande abraço a todos, bom fim de semana, até a próxima.
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